Quando cheguei no Rio de Janeiro no final dos anos 1960, logo me enturmei. Alguns dos meus amigos eram, como eu, marinheiros vindos da Escola de Aprendizes Marinheiros da Bahia; com outros, eu tinha laços sanguíneos, parentes que moravam no Estado da Guanabara há muitos anos, desde que o Rio era o Distrito Federal, a capital do Brasil. Já contava também com alguns amigos cariocas da gema.
Certa ocasião, um carioca amigo meu me perguntou: "O que é que Alagoas tem?"
Estávamos falando do nosso turismo doméstico. Ele queria saber do potencial turístico do nosso Estado. Eu não hesitei, passei a batucar na mesa do bar, onde já havíamos entornado umas duas dezenas de chope, e respondi cantarolando trecho de uma música de Dorival Caymmi:
Tem torço de seda, tem!
Tem brincos de ouro, tem!
Corrente de ouro, tem!
Tem pano da costa, tem!
Tem bata rendada, tem!
Pulseira de ouro, tem!
Tem saia engomada, tem!
Sandália enfeitada, tem…
Foi aí que ele me interrompeu e, revelando estranheza, falou: "Peralá! Quem tem tudo isso aí, como na música do Caymmi, é a baiana".
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Literatura: O que é que Alagoas tem?
LiteraturaPor Fernando Soares Campos 17/06/2023 - 23h 45min Acervo do Autor
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