FOI ASSIM

Crônicas

Por Clerisvaldo B. Chagas

Inauguração da Empresa de Luz, entre 1953-1956. (Foto: acervo Darras Noya/João Neto Félix Mendes)

Em Santana do Ipanema, a Rua José Amorim (Barulho), foi formada, principalmente, por feirantes; o bairro Camoxinga expandiu-se por causa da ponte Padre Bulhões e do Cemitério Santa Sofia; o Bairro Lajeiro Grande formou-se, graças a uma promessa com o padre Cícero; o Bairro Floresta foi ocupado pela emigração do homem rural, cujo valor dos terrenos para isso contribuiu; a Avenida Coronel Lucena, foi ocupada por comerciantes e fazendeiro; a rua Antônio Tavares, ocupada pelos artesãos; o Bairro São Pedro foi ocupado pelos ruralistas que chegavam do Leste, principalmente da região Maniçoba/Bebedouro; a Rua Tertuliano Nepomuceno, foi ocupada por baixos meretrícios e bares; O Bairro barragem foi ocupado pelos cassacos (trabalhadores braçais do DNOCS); o Bairro Clima Bom, formou-se do Bairro Barragem.

Quem fez a primeira casa do Aterro, foi Luiz Fumeiro, quem fez as primeiras casas da Avenida Nossa Senhora de Fátima, foi Luiz Fumeiro. Quem fundou o time Ipiranga, foi Luiz Fumeiro, quem fundou o bloco dos cangaceiros foi Luiz Fumeiro. Quem botava água nos tanques da Empresa de Água e Luz, para refrigerar o motor que abastecia a cidade, (três tanques enormes de cimento) era Daniel Manoel Filho, a quinhentos réis cada carga de jumento. Quem era uma espécie de zelador da Empresa era Antônio da Empresa (sogro de Juca Alfaiate). Quem cuidava do grande motor alemão era o cientista Agenor. Quem recebia as mensalidades da conta de luz, era o senhor Valdemar Lins, um dos sócios da empresa, desde 1921.

O motor alemão que abastecia a cidade, funcionava em um prédio preto e imundo cheio de óleo pelas paredes, na Rua Barão do Rio Branco, depois foi construído o prédio na Avenida Nossa Senhora de Fátima para este mister com três grandes repartições. Grande salão do motor, Sala de pagamento e almoxarifado, e ainda três tanques d´água, gigantes, no bequinho com um portão verde, que dava acesso aos aos degraus de três tanques. Ocioso após a pane no motor alemão, o prédio foi ocupado como Fórum. Somente depois passou a ser a atual Câmara de Vereadores Tácio Chagas Duarte. Já os Correios, funcionando em Santana desde o Século XIX, construiu sua sede própria no Bairro Monumento em terreno cedido pelo, então prefeito Firmino Falcão Filho.

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