A VOCÊ QUE SE AUTOPROCLAMA “POETA OU POETISA”, QUE SE DECLARA “POETA OU POETISA”, QUE SE DIZ “POETA OU POETISA”, MAS DESCONHECE COMPLETAMENTE A RIMA QUE EMBELEZA A POESIA...
A Rima é a repetição da mesma prosódia ou mesma cadência no fim de dois ou mais versos.
Aprendi com Aulete que a Rima é a Identidade de som na terminação de duas palavras;
Aprendi com Castilho que a Rima é a correspondência de sons entre dois ou mais versos;
Aprendi com Olavo Bilac que a Rima é a uniformidade de sons na terminação de dois ou mais versos;
Aprendi com Osório Duque Estrada que a Rima é a volta regular de um mesmo som no fim de versos diferentes, tendo principalmente por objetivo, além de transmitir, ao ouvido uma impressão agradável, assinalar com energia a terminação do período rítmico do verso, para mim, um dos conceitos mais aprimorado que já conheci.
Então, insisto em dizer, aos distintos amigos e estimados colegas acadêmicos e escritores, que mulher (é) e recolher (ê), arder (ê) e der (ê), bela (é) e pela (ê), etc., não satisfazem aos requisitos da rima por terem prosódia diferente.
“O poeta não se faz, nasce”, é bem verdade, mas tem que demonstrar estudo e conhecimento de causa, sobretudo, em relação a gramática de sua língua vernácula.
O poeta não deve esquecer que a “Rima é uma homofonia externa, em um sentido antigo, na tradição literária de língua portuguesa, constante da repetição da última vogal tônica do verso e dos fonemas que eventualmente a seguem”.
Se o povo que permeia esta rede social não fosse tão preguiçoso para ler e soubesse, por educação, curtir, comentar e até mesmo compartilhar as “coisas” boas postadas, poder-se-ia falar, mais detalhadamente, sobre as espécies de rima, como as Vulgares, as Boas; as Opulentas ou Ricas...
Concluo o meu pensamento apresentando-lhes exemplo típico de Rimas Encadeadas: no fim do verso e no meio do verso seguinte, de autoria de T. Ribeiro:
“As flores d´alma que se alteiam belas,
Puras singelas, orvalhadas, vivas,
Têm mais aromas e são mais formosas
que as pobres rosas num jardim cativas.”
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