Se eu tivesse que definir o nosso adeus,
Simplesmente, com o coração partido,
Pela dor da ausência que estou sentindo,
Eu diria que o adeus é como uma folha
Que se desgarrou do frondoso Ipê Amarelo,
Foi levada pela ousadia do vento, e voou.
Voou tão alto que não consegui ver o aceno
Do adeus, naquela folha que o vento levou,
Deixando para trás, apenas as lembranças,
Dos momentos que juntos sonhamos acordados
Nas águas termais que o tempo nos presenteou.
Sinto saudade da folha e do Ipê Amarelo, solitário,
Da sua frondosa copa e da sombra que me acalentava
Nas tormentas e nas calmarias no meu desejo de amar.
Hoje, aquela árvore de flores flavescentes expirou,
Deixando uma saudade que a própria saudade me fez chorar
Na borrasca dos meus dias, a ilusão que vivi por te amar.
Remi Bastos,
Aracaju, 21.08.2021,
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