Sol e carnaval: combinação exige cuidados redobrados com a pele

Saúde

Por Daniel Tavares / Ascom Sesau

Alegria dos blocos de carnaval deve ser acompanhada do cuidado com a pele

Dermatologista da Secretaria de Saúde explica quais medidas adotar para quem vai cair na folia

Na empolgação dos blocos carnavalescos, muitos foliões esquecem os cuidados necessários com a pele, que costuma ficar exposta ao sol por várias horas enquanto os bloquinhos fazem a alegria de todos. Diante disso, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) chama a atenção para algumas medidas que devem ser adotadas para a proteção do maior órgão do corpo humano.

A dermatologista da Clínica da Família Dr. João Fireman, Thatiane Lucena, classificou o protetor solar como fundamental para cuidar da pele e recomendou atenção ao escolher o fator de proteção do produto. “O FPS [Fator de Proteção Solar] tem que ser de, no mínimo, 30. Porém, como os foliões ficam expostos ao sol por muito tempo, eu recomendo o FPS a partir de 50, pois a pessoa pode demorar um pouco mais para reaplicar o protetor”, explicou a profissional.


Thatiane Lucena ainda destacou a importância de se usar óculos de sol, pois o acessório protege os olhos e as pálpebras dos raios solares prejudiciais ao corpo humano. O couro cabelo também não pode ser esquecido e a recomendação é usar chapéus com abas largas para resguardar a parte superior da cabeça, além da face e das orelhas.

“A gente costuma atender pacientes com câncer de pele no couro cabeludo. É uma região que está diretamente exposta ao sol. Já as pessoas que possuem calvície precisam se atentar ainda mais. Para quem não possui cabelo nessa região, é indispensável o uso do protetor solar”, afirmou Thatiane Lucena.

Para os foliões que gostam de usar fantasias, a dermatologista recomenda vestimentas que cubram, pelo menos, os ombros e que não sejam de tecido sintético para evitar alergias. O ideal é que a roupa seja de algodão. Também é importante tomar bastante líquido e se hidratar, mas evitar bebidas feitas a partir de frutas cítricas, como o limão, que em contato com o sol podem provocar a chamada fitofotodermatite, uma dermatose que ocorre por uma combinação de contato com substâncias fotossensibilizante e exposição à radiação solar.

O que fazer após uma queimadura solar?

Caso o folião se descuide e a pele fique avermelhada, a recomendação da dermatologista é para que a pele seja bastante hidratada e a pessoa tome bastante líquido. A especialista também destacou que é bom optar por banhos mais frios e passar protetor solar na região afetada, mesmo que ela não esteja mais exposta ao sol.

“É importante evitar exposição ao sol após uma queimadura solar, pois a pele pode ficar com manchas na região afetada. Aquelas pessoas que possuem doenças que podem ser agravadas com o sol, como melasma e lúpus, precisam se atentar ainda mais para proteger a pele. É possível se divertir bastante no carnaval sem causar prejuízos a nossa pele”, finalizou a dermatologista Thatiane Lucena.

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