Por conta de compromissos anteriormente assumidos, não pude me fazer presente à comemoração de lançamento do 12º livro do meu mestre, escritor Djalma de Melo Carvalho. Pelos registros publicados foi um acontecimento deslumbrante, imperdível, como não poderia deixar de ser, em se tratando da comprovada obstinação do anfitrião. Contudo, vou aguardar a ocasião do próximo lançamento – que já deve estar a caminho, acredito – para corrigir a “indelicadeza” cometida, pela minha ausência ocorrida desta feita.
Desnecessário dizer que percorri o caminho da leitura do novo trabalho de “cabo a rabo” e de “um só galope”, por conta da expectativa proporcionada por suas crônicas, que abordam assuntos interessantes e trazem em seu bojo, de um modo geral, fatos sobre nossa terra, sobre nossa gente.
Fico muito feliz com a dimensão alcançada pela literatura em nosso rincão, que foi considerado como “Terra de Escritores”, razão de orgulho para todos conterrâneos. Costumo dizer que cabe a nós, que lidamos com as letras, procurar sempre divulgar nossa história, para que nossos pósteros tenham conhecimento dos acontecimentos ao longo do tempo, como também para deixar o registro de nossa existência.
A exemplo do vinho, que ele tanto aprecia, Djalma está ficando cada vez melhor, com o passar do tempo. Isto pode ser observado, sob minha ótica, nas crônicas “Moda Feminina em Santana” e “Nau Catarineta, Natal e Presépio”, “ Passeio por Santana Antiga”, “Sentinelas, Benditos e Excelências, etc., onde foge um pouco de suas costumeiras histórias pitorescas, picarescas e caricatas, para apresentar um trabalho com rebuscamento de subsídios históricos, fruto de pesquisas, com certeza. Inclusive, desta vez, Djalma arriscou enveredar pelos caminhos da poesia com “O Panema Levou Meus Versos”, “por conta própria e risco calculado”, segundo o próprio. Não concordo com a “falsa modéstia”, porque em se tratando de homenagem ao nosso querido e abandonado Panema tudo é válido.
Por fim, valem ser registrados todos os depoimentos sobre o autor – incluídos na “orelha” da obra – promovidos por pessoas do maior gabarito, dos mais diversos segmentos da sociedade, ratificando a competência do escritor e sua importância para todos santanenses e, porque não dizer, para todos alagoanos.
Recife, março/2019
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