Secretaria de Estado da Saúde esclarece em quais casos o soro antirrábico é indicado

Saúde

Por Daniel Tavares - Ascom Sesau

Para evitar a raiva, as pessoas acometidas por mordidas ou arranhões de animais podem tomar o soro antirrábico, mas ele é indicado em casos específicos

Necessidade do uso da solução contra o vírus depende de alguns fatores, como se o animal causador do ferimento foi vacinado

Mordidas ou arranhões provocados por animais podem causar pavor em muitas pessoas e logo vem a preocupação com a raiva, uma doença infecciosa viral aguda, que pode ser transmitida aos seres humanos pela saliva de animais infectados. Diante disso, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) esclarece em quais casos é indicada a aplicação do soro antirrábico, solução que combate o vírus no organismo.

Conforme explicou o médico veterinário e coordenador do Programa Estadual de Controle de Zoonoses da Sesau, Clarício Bugarim, a primeira medida que deve ser adotada após um acidente com animais, como mordidas ou arranhões, é lavar a ferida imediatamente com água e sabão. Na sequência, a recomendação é procurar um serviço de saúde o mais rápido possível, pois a adoção de determinadas ações após a exposição ao vírus pode salvar vidas.


“A necessidade do uso do soro antirrábico depende de alguns fatores. O primeiro é o tipo de contato que o animal teve com o ser humano. O segundo é o estado que o animal se encontra. Por fim, é importante analisar qual foi a região do corpo afetada. A depender do caso e do contexto dos envolvidos, não é necessária a aplicação da solução antirrábica. Por isso, é importante manter a calma e buscar informação”, ressaltou Clarício Bugarim.

O médico veterinário exemplificou que em contatos diretos, como, por exemplo, lambeduras em pele íntegra, não precisam de soro. Além disso, se o acidente aconteceu com um cão ou gato que foi vacinado contra a raiva ou que pode ficar sendo observado pela vítima por cerca de 10 dias, também não é indicada a utilização do soro. Mas, para isso, é necessário que o animal não apresente sinais sugestivos de raiva, como isolamento, perda de apetite, salivação intensa e agressividade, nos próximos dias após o ataque.

Contudo, se o animal causador do acidente não puder ser monitorado pela vítima durante os próximos 10 dias ou se ele estiver com um comportamento suspeito, a aplicação do soro é indicada, assim como nos casos de mordidas profundas, especialmente na cabeça, mãos ou pés, que também exigem a profilaxia. “A raiva é letal, mas também tem tratamento. Portanto, é sempre bom buscar orientação médica em caso de dúvida”, finalizou Clarício Bugarim.

Onde encontrar o soro antirrábico

Em Alagoas, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza o soro antirrábico em várias unidades de saúde da capital e do interior, todos os dias da semana, 24 horas por dia. Em Maceió, a solução está disponível nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) dos bairros Jacintinho e Tabuleiro do Martins.

Já no interior do Estado, é ofertado nas UPAs de Coruripe, Delmiro Gouveia, Maragogi, Palmeira dos Índios, Penedo, São Miguel dos Campos e Viçosa. Além disso, o soro antirrábico é disponibilizado no Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca; na Unidade Mista Dr. Djalma Gonçalves, em Pão de Açúcar; na Unidade Mista Senador Arnon de Mello, em Piranhas; no Hospital Regional do Norte (HRN), em Porto Calvo; no Hospital Dr. Clodolfo Rodrigues, em Santana do Ipanema; e no Hospital Regional da Mata (HRM), em União dos Palmares.

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