Seresta da Pitanguinha comemora 15 anos homenageando cancioneiros alagoanos

Saída da confraria será nesta sexta-feira às 21 horas

Ao comemorar seus 15 anos de fundação, a Seresta da Pitanguinha homenageará nomes de destaque do cancioneiro popular alagoano, como Edécio Lopes, Jucá Santos, Roberto Becker, Dr. Marcondes Costa, Maestro Jovelino e Gustavo Gomes, que compôs a brilhante música ?Pitanguinha meu amor?. A saída festiva da Seresta ocorrerá nesta sexta-feira (09), a partir das 21 horas.

Para marcar a data, foram confeccionadas camisetas personalizadas com motivos dos 15 anos. Os ?souvenir? estarão em exposição no hall da sede da confraria para aquisição dos convidados e visitantes.

História

Ano de 1994. Um grupo de médicos alagoanos participava de um curso de extensão em Recife. Vez ou outra assistiam, em Olinda, a saída noturna de uma seresta que percorria as ruas da antiga cidade.

Ali urdiram trazer para Maceió aquela idéia, nova e de futuro. Era uma maneira de motivar ao pessoal organizado, festeiro e hospitaleiro da Pitanguinha.

4 de outubro de 1994.

Inspirado na seresta caminhante de Olinda, um grupo de amigos - não mais que duas dezenas - começou a se reunir no bairro da Pitanguinha, na Rua Coronel Francisco Silva, para tocar e cantar algumas músicas pelas ruas daquele bucólico bairro onde as pessoas simples se aglomeravam nas calçadas acompanhando a seresta ia atravessando a noite com músicas românticas e sonhadoras.

À frente o misto de seresteiro e médico Dr. Emanuel Fortes Silveira Cavalcante, hoje presidente do Conselho Regional de Medicina; Narciso Vasconcelos, os irmãos Claudemir e Valmir Libardi, além de outros colaboradores. Não tardou e o grupo recebeu o nome de ?Seresta da Pitanguinha?.

Instalou-se, de favor, numa casa de comércio existente no bairro. A Seresta não tem patrocínio: é uma entidade sem fins lucrativos.

A população do bairro aprovou a idéia e apoiou prestigiando e participando das saídas.

Com o passar do tempo e o crescimento do grupo, aliado às necessidades financeiras, a ?Seresta? passou a se reunir no pátio do Posto de Saúde, no Terminal de ônibus da antiga SMTU, na Praça da Matriz e até no Centro Pastoral, sem perder o ânimo e o objetivo.

A saída da Seresta ocorre sempre uma vez por mês, na primeira sexta-feira. É o ponto de encontro de vários seresteiros que cantam e tocam seus violões, violas, cornetas e clarinetas. São verdadeiros violonistas, tocadores de cavaquinho, cantores entre jovens e velhos, profissionais e amadores, que saem pelas ruas do bairro e mantêm o ritual do percurso por muito tempo, passando de pai para filho. O ambiente é de cordialidade e compreensão.

Percorrem diversas ruas do bairro por aproximadamente duas horas, seguidos por dezenas de pessoas que acompanham e entoam as músicas do vasto repertório.

Em 2004 a Seresta passou a funcionar em sede própria, na Rua Ministro Salgado Filho, rua que se situa em frente ao Tribunal de Contas do Estado, onde treina e ensaia as segundas e quintas-feiras, à noite. No ano em que comemora quinze anos de fundação, a Seresta da Pitanguinha realizou o VI Baile de Máscaras e o II Baile de São João, congregando a sociedade local e já se tornando tradição.

No ano de 2007 a Rede Globo de Televisão filmou quadros para o programa ?Fantástico?.

Como organização cultural, a Seresta ampliou seu raio de ação e em parceria com o Banco Safra disponibilizou às pessoas da comunidade, especialmente às crianças e adolescentes, ensino de canto, flauta, percussão, piano, violão, entre outros, num trabalho de recuperação, integração e ocupação de pessoas residentes no bairro.

Com o patrocínio do SESC Alagoas, os integrantes da Seresta conseguiram gravar o CD ?Seresteiros da Pitanguinha ? Memórias?. Com a adição de mais três faixas: ?Criado com Vó?, ?Homenagem à Seresta da Pitanguinha? e ? Frevo do Nordeste?, o CD ganhou uma regravação neste ano de 2009.


Theodomiro Jr.
Jornalista | Assessoria de Comunicação
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