ACADEMIA ALAGOANA DE LETRAS UMA PARTITURA VIVA

Crônicas

pOR Alberto Rostand Lanverly Presidente da Academia Alagoana de Letras

Outro dia final de tarde, sentado em um dos bancos da Praça Sinimbu, encantei-me quando o suspiro do sol, fantasiou o ambiente com cores fortes, pois claramente a sede da Academia Alagoana de Letras, bem defronte de onde estava, pareceu se transformar em cenário mágico, como se a própria poesia ganhasse feição em suas paredes azuis.

E enquanto sopros de luz vindos do céu, refletiam nos detalhes da sua arquitetura, como se os tons fossem pinceladas de artistas celestiais, reverenciando aqueles que moldaram a cultura alagoana com sua genialidade, para mim, era possível sentir a presença dos grandes nomes que por lá passaram, suas vozes ecoando entre colunas, suas ideias pairando no ar, eternizadas em livros e histórias.

Imaginei que talvez fosse a influência dessas almas, que reconfigura a sede da Instituição em algo além de uma construção toda na cor do firmamento, por ser um templo vivo, onde o passado e o presente se encontram, e o crepúsculo, em sua esplendorosa fantasia, celebra a eternidade do conhecimento que ali habita.

Horas depois, ainda pensando naquela visão mágica, recordei que desde sempre, a Casa Jorge de Lima pulsa vigorosa, até nos dias mais escuros, como um farol do saber, iluminando o conhecimento dos filhos de Alagoas, preservando suas tradições, e mesmo diante das tempestades, mantendo seu papel de guardiã da memória e da criação literária, unindo gerações em torno do amor pela escrita.

Anos atrás enquanto em momentos de sombra, a pandemia deixava o mundo atónito, a AAL permaneceu ativa como chama persistente, lembrando a todos que as letras não apenas sobrevivem, mas florescem, a exemplo do que aconteceu naquela época, quando tudo parecia desmoronar, através de projetos virtuais ousados, conseguindo mostrar ao mundo, que a cultura é o coração de um povo e a palavra, quando bem falada, nunca se perde ao vento.

Assemelhando-se a uma partitura viva, a Academia Alagoana de Letras, continuará a compor sinfonias que ecoarão nos corações e mentes de brasileiros e além mar, celebrando a força transformadora das ideias, e se milênios atrás os trezentos de Sparta fizeram história, hoje nos, os quarenta da AAL, não mediremos esforços para termos o sodalício brilhando cada vez mais, conscientes de que juntos poderemos triplicar a meta, então que venha 2025.

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