NATAL: Festa das luzes ou da Luz?

Crônicas

Por Pe. Adauto Alves Vieira

Chegou o tempo do Natal, e com ele a ânsia das pessoas aumenta em poder celebrá-lo.

Urge o tempo natalino, tomado como a festa das luzes. Elas iluminam as nossas praças e avenidas, tornando, com várias tonalidades de luminosidade, as nossas pequenas e grandes cidades cada vez mais deslumbrantes. No entanto, esta luminosidade intensa parece ofuscar a mente e os corações dos homens na descoberta e busca da verdadeira Luz, Cristo Jesus. Nele, de verdade, contemplamos a luz. Destarte, "o Natal de Cristo é uma festa de luz que aclara as noites de nossas trevas, as noites das nossas incompreensões, as noites desumanas das nossas angústias e desesperos. No Natal chegou para as pessoas a luz edificante e santificante que é o Verbo".

Desse modo, somos levados por um espírito azafamado a realizar as faxinas de nossas casas e a cuidar das trocas ou mudanças de mobílias, o que não deixa de ter sua importância. Entretanto, nos esquecemos de que a verdadeira faxina a ser feita é a “faxina da alma”, a qual resulta na transformação dos nossos corações.

Neste tempo natalino, outro fenômeno que envolve as pessoas são as músicas nostálgicas, dotadas de certa melancolia e até mesmo de tristeza. Todavia, as canções natalinas encontram seu sentido se mostrarem o Menino Santo de Belém, a causa de toda a nossa alegria e o motivo da renovação de nossas esperanças. Assim, nas melodias natalinas, não nos entristeceremos, mas nos alegraremos com a doce harmonia espiritual, tendo em vista que “jamais pode haver tristeza no dia no qual nasce a vida”.

Diante das banalidades e futilidades que presenciamos, poderíamos redescobrir o Natal não como um evento social programado por nós mesmos, mas como asseverava o Papa Bento XVI, celebrá-lo aceitando-o como "uma festa que nós mesmos não fizemos, mas que nos foi obsequiada por Deus".

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