ELEIÇÕES – NOVA PRIMAVERA NOS JARDINS DA VIDA

Crônicas

Por Alberto Rostand Lanverly Presidente da Academia Alagoana de Letras

Em comum, todos os locais onde habitei durante minha infância, possuíam jardim, para mim, mais que espaço físico, refúgio para a alma, lugar de contemplação e renovação, conectando o indivíduo com a natureza, trazendo tranquilidade e momentos de introspecção.

Em Alagoas, vivemos período pós eleitoral, considerando o pleito haver sido definido em turno único, contudo na sexta feira anterior ao domingo fatal para os candidatos e votantes, compareci ao mercado da produção, para adquirir condimentos usados na refeição, e ali deparei com dezenas de aficionados partidários, bandeiras ao vento, distribuindo santinhos de todas cores e ideologias.

Não sei o motivo, mas passei a imaginar serem as eleições, como os jardins da vida, ciclos que exigem cuidado, paciência e visão clara do futuro. Assim como o jardineiro escolhe as sementes que irá plantar, o eleitor faz suas escolhas, apostando naqueles que acha, poderão transformar a terra árida, em campo fértil de oportunidades e justiça.

Naquele instante passou por onde estava, conhecido de corridas na praia, que eu nem mesmo sabia, postulava uma das cadeiras na câmara municipal e após me elogiar sem limites e adesivar com “logos” de sua campanha, seguiu adiante, justo no momento que escolhi frasco de pimenta para comprar.

Foi quando pensei que a similaridade existente entre aquele molho picante que peguei e os políticos, estava na intensidade com que ambos conseguem ser percebidos.

Assim como a pimenta, que pode ter diferentes níveis de ardência, os vereadores e prefeitos variam em suas posturas e efeitos na sociedade.

Alguns trazem um tempero necessário, dando sabor ao debate e às decisões, enquanto outros se expõem de foram excessiva, causando desconforto e até queimaduras.

Apesar de tudo, teimo em considerar serem as eleições, como nova primavera no jardim da vida, oportunidade de replantar, renovar e corrigir os erros do passado, cabendo a nós, o povo, como paisagista do nosso destino, termos tido o cuidado para que as próximas flores que desabrocharão em janeiro de 2025, não sejam ilusórias, mas raízes firmes de um futuro mais justo e próspero. Vamos esperar para ver!!!

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