FOLGUEDOS ALAGOANOS

Poesias

Por Marcello Ricardo Almeida

Os Girassóis de van Gogh
As Senhoritas d'Avignon
e os folguedos alagoanos

universo um orquidário
tem efemeridade da flor

e por falar em haicai
unindo versos Bashô

Olho-de-boneca
orvalho de abril
breve raio de sol

fumante contumaz
cof! cof! o que faz?

suga tosse tosse suga
e esse veneno subjuga

e bajula e explica e esclarece
o que não se merece e elogia

cof! cof! tão insistente
expele cof! os pulmões

logo os devolve ao corpo
num copo de aguardente

passa a vida feito fumaça
vai mistura-se à outra vida

e na pres
sa
tão
mag

tica
prende-se o trem aos trilhos
corre maria-fumaça
Ninguém e o ciclope
voam nas páginas dos livros
há vida
a vida avisa
ah vida
à outra vida

viva os folguedos alagoanos
Reisado Fandangos Presépio
Mara
catu Pastoril Cavalhada Quilombo
Negras da Costa e Umbigada
Sam
ba de Matuto Marujada Cavalgada
Coco de Roda Bumba-meu-boi
Guerreiro Traineiras e Caboclinhos

se for enumerar cada folguedo
uma vida tão semente não basta
por ser vida tão-somente vasta

viva Santana
viva São João
viva São Pedro
viva o sertão.

Marcello Ricardo Almeida FOLGUEDOS ALAGOANOS

Os Girassóis de van Gogh
As Senhoritas d'Avignon
e os folguedos alagoanos

universo um orquidário
tem efemeridade da flor

e por falar em haicai
unindo versos Bashô

Olho-de-boneca
orvalho de abril
breve raio de sol

fumante contumaz
cof! cof! o que faz?

suga tosse tosse suga
e esse veneno subjuga

e bajula e explica e esclarece
o que não se merece e elogia

cof! cof! tão insistente
expele cof! os pulmões

logo os devolve ao corpo
num copo de aguardente

passa a vida feito fumaça
vai mistura-se à outra vida

e na pres
sa
tão
mag

tica
prende-se o trem aos trilhos
corre maria-fumaça
Ninguém e o ciclope
voam nas páginas dos livros
há vida
a vida avisa
ah vida
à outra vida

viva os folguedos alagoanos
Reisado Fandangos Presépio
Mara
catu Pastoril Cavalhada Quilombo
Negras da Costa e Umbigada
Sam
ba de Matuto Marujada Cavalgada
Coco de Roda Bumba-meu-boi
Guerreiro Traineiras e Caboclinhos

se for enumerar cada folguedo
uma vida tão semente não basta
por ser vida tão-somente vasta

viva Santana
viva São João
viva São Pedro
viva o sertão.

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