A MAGIA DO CARNAVAL

Crônicas

Alberto Rostand Lanverly Presidente da Academia Alagoana de Letras

Recentemente debrucei-me sobre livro que retrata de maneira icônica festas em variados países do mundo, apresentando-as como extravagantes e envolventes, oferecendo visão rica e detalhada da atmosfera vibrante, música cativante e também excêntrica, acontecidas não apenas em cenários para eventos sociais, mas também palcos onde os personagens revelam suas paixões, desilusões e conflitos.

Talvez devido à proximidade do mês de fevereiro, ao degustar cada parágrafo daquele trabalho literário, lembranças do carnaval brasileiro ganharam vida em minha mente. Cada termo era convite para reviver risos esplendorosos, e tonalidades fortes das decorações festivas de uma época. As descrições transportavam para a pista de dança, onde a música ecoava contentamento coletivo.

Os capítulos revelavam sorrisos congelados em fotografias, capturando momentos efêmeros de felicidade compartilhada. Ao folhear cada página, as memórias dos corsos, desfiles de blocos e o mela mela nas avenidas, suplantam o tempo, transformando-se em narrativa imortalizada pela magia das palavras.

Na vida real, décadas atrás, fosse em Caicó, integrando o bloco os Fugitivos, ou no Clube Fênix, aqui mesmo em Maceió, para mim, a energia vibrante do carnaval era como pinceladas de amor e alegria, emoções que juntas bordam o horizonte das pessoas, celebração que transcende barreiras, unindo corações em dança de sentimentos intensos.

O vermelho apaixonado, o amarelo radiante e o azul festivo se mesclando em espetáculo de diversidade e vigor. No tríduo momesco, as cores não apenas enfeitavam as ruas, mas também refletiam a riqueza emocional de quem participava da folia, criando memórias vívidas e espalhando euforia contagiante sempre permeando essa festa para mim, considerada única.

Mais que nunca, na atualidade, já com os cabelos cor de prata e segundo alguns, um pouco assanhados, permaneço a acreditar, ser o carnaval o momento que inspira todos a imaginar um mundo onde até as ilusões, são dignas de celebração.

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