Na Turma do Oitavão

Crônicas

M. Ricardo-Almeida

Foto: Acervo João Neto Félix Mendes/Darras Noya

Entre estas duas tipificações pedagógicas (apriorismo e empirismo), a garantia do direito do aluno à aprendizagem ainda era a construção dia a dia do conhecimento no ambiente escolar, cientificamente construído. O grande desafio na docência era não improvisar a aula. BNCC contribuía ao bom planejamento das aulas. Segundo a legislação, a incumbência de zelar pela aprendizagem do aluno ainda era do professor. Muitas línguas eram faladas no processo de aprendizagem.
Línguas, as mais diversas, influenciaram, naturalmente, os sotaques. Quaisquer lugares em quaisquer países e em qualquer região desses países havia um sotaque peculiar. O principal entre todos os sotaques ainda era a educação formal sistematizada sob a orientação de uma metodologia exitosa ao trabalho de quem se propusesse a ensinar e a quem se propusesse a aprender. Em Santana do Ipanema houve a Turma do Oitavão.

O determinismo e a vida
coincidem com rotinas
sala de aula no Ginásio
surge Turma do Oitavão
na educação se ilumina
Teatro Augusto Almeida
cem alunos no Oitavão [1]
em Santana do Ipanema
na Princesa do Sertão

há entre vida e destino
expectativa de liberdade
pedidos proteção divina
segue vida livre-arbítrio
ditando diferentes sinas.

[1]. Efeméride sobre a educação no sertão de Alagoas; na voz da época: em 1978 quando cem alunos foram matriculados na oitava série, estudando na mesma sala de aula, era incomum, pelo número de alunos, a sala de aula ficou conhecida por Turma do Oitavão (na sala que havia sido o Teatro Augusto Almeida) era o último ano do Primeiro Grau, no Ginásio Santana. Construído em um dos mais valorosos edifícios à memória alagoana, o prédio histórico abrigando, atualmente, o Colégio Cenecista Santanense. As questões na contemporaneidade eram resolvidas pela assimilação da História.
A aprendizagem sempre ocorreu como uma espécie de transmutação no processo que constrói essa aprendizagem. Era inegável a importância do planejamento de ensino, o planejamento de aula.
No trabalho pedagógico, entre paradigmas aprioristas (porque se achava que o processo de aprendizagem ocorresse anterior à experiência) e empiristas (porque se achava que o processo de aprendizagem ocorresse pela experiência), a metodologia ainda era a parte fundamental em salas de aula para que houvesse êxito no ensino e na aprendizagem.
Na construção do conhecimento, ainda era de responsabilidade da pedagogia fazer escolhas. Como normatizava a legislação sobre a incumbência do professor de zelar pela aprendizagem do aluno. Ao final do percurso era possível concluir que não havia educação formal sistematizada sem que não houvesse superação do apriorismo pedagógico e do empirismo no planejamento de ensino.

M. Ricardo-Almeida

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