Quando o senhor Sebastião Jiló morava ao lado da pracinha, o povo a chamava de “Praça de Sebastião Jiló”. Tempos depois, o senhor Henaldo Bulhões passou a morar na casa que antes pertencera a Jiló. Os populares, então renovarem o apelido do espaço: “Praça do Dr. Henaldo”. Ninguém nunca a chamava pelo seu verdadeiro nome de batismo: “Praça Emílio de Maia”, deputado palmeirense que muito ajudou à cidade na era de 40. Sem placa, sem incentivo escolar, já nos anos 60, 70, ninguém não sabia mais o verdadeiro nome da pracinha. Como o Dr. Henaldo Bulhões ainda mantém à residência vizinha, seu nome continuava referência do logradouro até o final do século XX. Até então era a única praça original de Santana do Ipanema. Sebastião Jiló viera da cidade de Ouro Branco e foi quem deu esse nome aquela urbe emancipada de Santana. Dr. Henaldo Bulhões fora prefeito de Santana do Ipanema.
A “Pracinha do Dr. Henaldo foi completamente descaracterizada em certa gestão passada. O nome original foi banido da História de Santana e, talvez para agradar alguém, deram novo título ao espaço reformado. Não queremos dizer que o lugar ficou mais feio. Ganhou ares modernos, simpáticos e recebeu denominação de Alberto Nepomuceno Agra. O próprio professor Alberto era contra, assim como nós, de se retirar nome de obra pública para colocar novos nomes, pois isso destrói parte da história. O povo passou a chamar o espaço de Praça do Toco porque havia sido decorada com vários deles. Resultado, nem Alberto, nem Emílio, só Praça do Toco. Santana não merecia.
Agora sai a notícia de apreensão de drogas na “Praça do Toco”, isto é, nem os órgãos informativos respeitam o nome oficial da praça. Talvez seja o caso do Ponte do Urubu que vai demorar bastante para que a população aprenda corretamente a apontar os seus logradouros públicos, principalmente os que são mais relevantes da nossa história e raiz. Inclusive, a rádio pioneira do Sertão alagoano, situada na Avenida Coronel Lucena, a Correio do Sertão, fica bem defronte a famigerada “Praça do Toco” ou seja, educadamente, Praça Alberto Nepomuceno Agra.
Bons tempos quando se dizia: “Viva à Pátria e chova arroz!”
Estamos indo... Mas não para a “Praça do Toco”.
Praça Emílio de Maia em 2013, ainda original. (Foto: B. Chagas/Livro 230)
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