Com a chegada de protagonistas que emolduram nossa história são apresentados fatos e histórias contadas e vividas por algumas personagens reais ou não. As personagens reais se misturam às fictícias. Do contrário, não há razão de se contar causos. Existe contador que tão bem contou que ficou gravado nas mentes das pessoas. Temos os exemplos das histórias e fábulas de antigamente que ficaram para sempre. As fábulas são imitações das ações humanas. Lembramos Pedro Malasartes que faz parte do mundo urbano como figura fictícia, representando o malandro, assim como o jagunço representa o homem desenraizado do campo. Em se tratando de literatura, não podemos deixar de lembrar os que contribuíram para a literatura mundial, tais como Euclides da Cunha, José Lins do Rego, Graciliano Ramos, José Américo de Almeida, Jorge Amado, Jorge de Lima, Raquel de Queiroz, Guimarães Rosa e outros. São contribuições inesquecíveis para todas as gerações.
Estes e outros escritores mostraram por meio da literatura os acontecimentos nas regiões mais sofridas do nordeste do Brasil. Por que não dizer de todos os sertões. Como diz Guimarães Rosa: “O sertão é o mundo”. Ou “O sertão está em toda parte”. Indagada por que estudar o escritor mineiro se ele escreve sobre os sertões de Minas Gerais, digo que ao ler os seus sertões é como se estivesse reconhecendo os meus sertões, Isto é, todos os sertões sofrem os mesmos problemas. A imortalidade da cultura explica as causas da existência humana. Isto é, a crença que o povo tem em um ser supremo é que lhe dá força para existir. A sua fé é o sustentáculo que serve de ponte para o caminho muitas vezes incerto. Para esse povo protagonizado, o que explica toda razão de sua existência é o acreditar em alguma coisa, é praticar o ato de sua fé.
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