Nas curvas dos teus caminhos,
Meu rio, eu aprendi a nadar.
Deslizavas disfarçadamente
Com tuas ondas valentes
Querendo sempre chegar.
No vão da Ponte do Padre
Naquele mirante atrativo,
O povo se aglomerava
Enquanto o sol declinava
No céu contemplativo.
Tuas águas borbulhantes
Entre panelas e fervedores,
Desenhavam no teu leito
Um cenário belo e perfeito,
Desafio dos nadadores.
A sinuosidade do teu álveo
Na volúpia dos teus dias,
Afogavas as craibeiras
E a rochas em tuas eiras,
Sobre tua hegemonia.
Corre meu rio, meu “Panema”
Vais desaguar no São Francisco,
Descerras as cortinas da barragem
Te agigantas, arrotas coragem,
Mostras o quanto és arisco.
Remi Bastos,
Aracaju, 29.07.2021.
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