Somos a maioria, mas não vivemos na mesmice.
Politizados ou não, nossos gabinetes a esmo,
ultrapassam os padrões culturais.
Quem somos? Somos o contrário daquilo que pensam de nós.
Temos coragem, todavia, não descartamos o medo.
Somos insaciáveis, porém escrupulosos.
Não tão somente amaldiçoamos a escuridão,
porém, ao apagar das luzes,
somos os mesmos do início do dia.
Às vezes nos misturamos com a própria essência da história,
quando aprendemos a voar como Ícaro.
a lamentarmos como os judeus
ou a sonharmos com os déspotas do iluminismo.
Fomos às catedrais, aos sertões, às favelas,
aos corações.
Criamos a poesia, junto veio o lamento, a alegria,
a tristeza, os erros de linguagem.
Inventamos sofrimentos, colocamos a dor na alma,
enfim, traímos a realidade.
Agradamos, mesmo sendo odiados,
Somos a intransigência do absurdo.
Somos os poetas do mundo.
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