Foi criado em Santana
Um bloco sem publicidade
Depois tornou-se famoso
No Estado e na Cidade
Teve como fundador
O Antônio Polegada
Baixinho inteligente
Que topava qualquer parada
O bloco foi crescendo
Como o apoio Santanense
Chegou a ser aplaudido
Pelo povo Cearense
Tinha como componentes
Quase uma família inteira
E alguns convidados
Para ser porta bandeira
Uma das alegorias
Era a Sogra tradicional
Onde o Tonso de apoiava
Para curtir o Carnaval
Tinha a Garafa de Ambulante
A Mesa e a Ema
Tinha também um belo Boi
Que era coisa pra cinema
Tinha uns trinta componentes
Todos uniformizados
Sem falar aquele samba
Que era improvisado
As cores vermelha e branco
Abrilhantava o carnaval
Era o nosso bloco
Que já era tradicional
Participava de concursos
Pois não tinha outro igual
Não apreciava concorrente
Para ser nosso rival
Éramos todos convidados
Pela alta sociedade
Onde o bloco se apresentava
Em toda localidade
Íamos à casa do Prefeito
Vereador e Deputado
Lá recebíamos elogios
Que era o melhor do Estado
A gente era filmado
Pela TV Gazeta
E levavam com lembranças u
Uma bela camiseta
Também tinha um apoio
Da Rádio Correio do Sertão
Dos amigos Francisco e Wellington
E Adeilson Dantas que era um irmão
Recebemos até troféu
Que a imprensa oferecia
Onde ficamos muito gratos
Pois lembramos dia a dia
A costureira do bloco
Que era nossa Madrinha
A querida Helena Nobre
Só trabalhava sozinha
Os componentes se reuniam
Na casa de Seu Sebastião
Lá a gente ensaiava
E fazia aquele sambão
Dona Helena sempre fazia
Aquele gostoso café
Uns preferiam comer
Outros encher a cara de “mé”
Seu Sebastião Pacífico
Que ficava observando
Com aquele calma que tinha
Só acabava ajudando
O bloco se preparava
Para na rua desfilar
Era a “Intimidade com a Sogra”
Que acabava de chegar
Mário Cruzeta no tamborim
Tonho Baleia no tambor
Marcos Tripé no tarol
Tinha o André que era o cantor
Beto Qualhada compositor
De um samba que fez sucesso
Valter Nestor o rei do tarol
Só ficava fazendo verso
Jairo o Mandim Branco
Com bronze que Deus lhe deu
Passava o dia tocando
Pertinho de “Ciço Lopreu”
Bofada sempre atrasado
Não tocava no sambão
Só brincava o carnaval
Com Noberto Mamão
Zé Goiás que era o Cristóvão
Não sabia nem tocar
E o Jairo Picolé
Só dava para atrapalhar
Everaldo que era Major
Dava todo seu apoio
Segurança não faltava
Para todo o comboio
Não esquecendo o Ventão
Que era a figura do bloco
Não soltava um só minuto
O “desgramado” do copo
Mário Cruzeta e Polegada
Só tem o que agradecer
Aos companheiros da Sogra
Que jamais não vai esquecer.
Poema retirado do livro "CONTOS EM VERSOS"
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