“Ora, um homem atirou com seu arco, ao acaso, e atingiu o rei de Israel numa brecha da couraça” (1 Reis 22.21-40).
No texto lido, temos uma guerra entre dois povos na Terra de Israel. No texto, porque era o único alvo que o rei da Síria queria atingir, o rei Acabe mudou a sua aparência, pôs um disfarce, meteu-se no meio dos soldados rasos e entrou na peleja. Seu aliado, o rei Josafá, não achou necessário fazer o mesmo e por pouco não foi morto (1 Rs 22.21-40.)
Aconteceu, porém, que um soldado sírio armou o arco e atirou ao acaso, à esmo. A flecha atingiu exatamente o rei Acabe, entrando em seu corpo através de uma pequena brecha de sua couraça. A "bala" perdida, no caso, a flexa atirada sem qualquer objetivo de atingir o rei Acabe, o alcançou de forma certeira exatamente na brecha de sua couraça, pois a "bala" foi direcionada pelo próprio Deus como Juízo sobre esse perverso rei. Gravemente ferido, foi levado para fora do combate e morreu à tarde daquele mesmo dia. Quando alguém foi lavar o carro na represa de Samaria, os cães lamberam o sangue do rei e as prostitutas se lavaram naquela água, tudo como Micaías (1 Rs 22.17) e Elias (1 Rs 21.19) haviam predito, inspirados pelo Senhor Deus. Tanto o disfarce como a armadura não foram suficientes para proteger a vida do rei de Israel. A bala perdida fez desmoronar todo o esquema montado.
Na mesma página da Bíblia em que se lê a triste experiência do rei de Israel, encontra-se também a história do fracasso de um dos projetos do rei de Judá: “O rei Josafá construiu grandes navios para navegarem até a terra de Ofir e trazerem ouro; mas eles se quebraram em Enziom-Geber e nunca chegaram a navegar” (1 Rs 22.49, BLH).
Os projetos humanos são vulneráveis. Estão sob o juízo de Deus. Nenhum plano é absolutamente seguro. Há sempre uma bala perdida a atingir muitas de nossas pretensões. Nenhuma providência é cem por cento sábia. Daí a permanente atualidade da exortação de Tiago de que você não deve confiar demais em seus desígnios. Em vez disso, você deve acrescentar uma cláusula muito importante em seus planos: “Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo” (Tg 4.15, NVI).
Tenhamos cuidado com as “balas perdidas” que sempre atingem o orgulho, a prepotência e a vaidade humana. Não pensemos que as orgulhosas pretenções das pessoas vão adiante. Elas podem ser atingidas pelas “balas perdidas” com o objetivo de mostrar que Deus está com o controle de tudo.
Deus o abençoe!
Pense nisso!
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