Todos falam em humanização... nas áreas da saúde, justiça, no atendimento aos idosos, deficientes e nos mais variados serviços que são prestados ao cidadão, mas o que muita gente esquece e talvez por não saber, é que esta humanização não começa no balcão de atendimento, no consultório médico, etc. ela deve ou deveria ter início – ao menos na discussão e exemplo – nas bancas e corredores escolares, haja vista ser lá o ambiente de “preparo para o mercado de trabalho”, assim, seria plausível que uma (re)leitura da função social da escola acontecesse.
Mas sabe-se que o papel da escola vai muito além (muito, muito mesmo) do ato de aprovar para o vestibular, ou mesmo preparar para o mercado de trabalho, ela é antes de tudo o espaço (o único espaço) que “possibilita emancipação humana”, ao passo que permite que os indivíduos se efetivem á condição de partícipes efetivos da comunidade da qual fazem parte, assim sob a égide do saber ela é o vínculo entre homem#cultura, e, por conseguinte o mundo.
O papel do(a) *educador(a) dentro e fora da escola é combater a coisificação daqueles que não têm vez nem voz, por meio de “ações” e “discussões” voltadas à promoção dos indivíduos. Dentro da escola ele(a) pode sem “territorialismos”, sem revanchismos por discordarem de um pensamento seu, sem medo da perda do mando e sem favoritismos perceber seus(as) alunos(as) e colegas de trabalho como PESSOAS, e não simplesmente como coisas, mas sim como pessoas que são passíveis de acontecimentos que estão acima de suas forças humanas. Fora da escola esse(a) educador(a) preocupa-se verdadeiramente com o ato de educar (falo aqui da educação formal, que é um processo de resultados a longo prazo), pois se compadece pela condição do(a) outro(a), haja vista se perceber no(a) outro(a). Seu discurso foge dos achismos e não há dualidade nas suas ações.
Muito se discute sobre ser **professor e ser educador. Os de formação meramente técnica (academicistas e conteudistas) acreditam que todos são educadores, mas como seria possível se as ações são totalmente adversas? Quando não se percebe o aluno, o colega de profissão, o vigia, a merendeira como pessoas o distanciamento evidencia-se.
Agir de forma humana (humanizar) não é nem de longe adular, “passar a mão”, tratar por coitadinho(a), favorecer. É apenas tratar com respeito, tratar como igual, tratar como humano.
Às vezes por trás do jeitão de sargento existe mais humanidade do que no rosto de riso fácil.
O resultado da falta de humanidade dentro das escolas do passado está por trás do jaleco; do caixa do banco; da ação policial; nas casas de repouso de hoje.
Assim, sendo professor(a) ou educador(a) é preciso cuidado no lido e nos exemplos que damos aos nossos alunos, pois como foi falado anteriormente a “educação é um processo de resultados a longo prazo”!
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*Educador
(ô) [Do lat. educatore.]
Adjetivo.
Substantivo masculino.
1.Que ou aquele que educa.
**Professor
(ô) [Do lat. professore.]
Substantivo masculino.
1.Aquele que professa ou ensina uma ciência, uma arte, uma técnica, uma disciplina; mestre:
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