O que é a vida existencial humana, senão um constante lançar-se para o novo, mesmo quando esse novo seja velho?
Esse ponto de vista do que seja a vida é possível se admitirmos que, para que o “ser” viva faz-se necessário ele ser instigado por algo exterior a ele; seja outro “ser”, animado ou não, seja uma situação qualquer...
Por outro lado, ele, o “ser”, necessariamente, precisa corresponder a essa provocação que vem de fora com uma ação, seja intelectual, seja física...
É nesse “provocar” x “lançar” que o homem, num constante devir, se faz e, também, se desfaz.
No tempo particular de cada homem – cada um tem o seu – segundo a sua vontade e a sua liberdade ele tece seu destino. Jamais será o que não escolheu ou o que não se determinou a ser.
Acontece que seu tempo particular, como o de todos os outros seres, determina, indubitavelmente, para ele, intelecto e matéria, um “prazo de validade”. Inicia com a união do óvulo com o espermatozoide, vai atingir um ápice e, depois, declina para, de acordo com a visão cristã, passar para outro plano. Logicamente que esse ápice e esse declinar estará condicionado a direção que cada homem tenha dado a sua vida.
A maneira como o homem interage/reage as provocações externas ele, também, pode abreviar ou não seu tempo.
O apego ou desapego ao que quer que seja na linha do existir humano é natural.
As marcas que serão deixadas pelo que passa pela vida humana podem ser positivas ou negativas, dependendo de como ele, o homem, as absorveu.
As perdas materiais/existenciais serão inevitáveis. A forma como o homem se comportará diante dessas perdas dependem de como ele está se “construindo” na sua linha do tempo.
Por exemplo: quando não temos o sentimento de “posse”, mas de complemento para com o que que seja, ou quem quer que seja, mesmo com a ausência do que se “esvaiu”, não há uma perda, pois as boas lembranças, a “saudade que tempera a alma”, sempre o manterá presente...
Entre o ser instigado, reagir e instigar está, assim, cada homem... Tanto porque, a vida segue!!!
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