Impressionante, como a morte, que não faz distinção do que quer que seja, ou de quem quer que seja, vai destruindo vidas...
Logicamente que enquanto no tempo, tudo está sujeito a esse mesmo tempo...
Vivemos em uma cronologia que vai deixando marcas em nosso corpo, veste da alma, em nosso psicológico, em nosso existencial, na própria alma.
Certamente que tais marcas estão condicionadas às escolhas que fazemos; às decisões que tomamos...
Sendo o homem um ser social, queiramos ou não, somos influenciados pelos outros, assim como, também, exercemos influencias nestes.
Refletindo sobre aqueles que já passaram por nossa vida e hoje, não se fazem mais presentes temporalmente, somos tomados por uma certa nostalgia; uma saudade, não digo de tristeza, mas de “sentimentos que tempera nossa alma”.
Nossos familiares que já se foram – o jeito de ser de cada um, o convívio com eles, as alegrias, as tristezas, as aventuras, muitas das quais fizemos parte; os seus feitos; os conselhos que ouvimos deles... E agora, só lembranças...
Tantos amigos que fizeram parte de nosso círculo de amizade, uns mais próximos, outros mais distantes... Hoje, só recordações...
Nós que ficamos, se os amamos, jamais os esqueceremos. Algo do que foram ou fizeram, enquanto estiveram conosco, pode até se fragmentar no tempo, mas ficará “arquivado” em algum lugar de nossa memória. Mais dia, menos dia, dependendo dos acontecimentos da vida, pode até ser que esses registros venham à tona em forma de lembranças...
Mas em função do amor com que foi vivido entre nós e eles, a menos que não seja por fatores patológicos, jamais esqueceremos seus nomes, fisionomias, jeitos, sorrisos, particularidades...
Como diz o Livro dos Cânticos, “O amor é forte como a morte” (Ct 8,6). E eu digo: e ainda supera a morte, pois ele, o amor, não é temporal, mas eterno. Sendo eterno, uma vez vivido, é o único bem, a única virtude a adentrar no eterno conosco, se o vivemos, claro.
É esse amor, extensão do amor de Deus, o que faz com que enxerguemos no outro uma extensão de nós mesmos. Que será o “liame” entre nós e os que já se foram... nas lembranças e na “saudade que tempera a alma”!!!
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