“NÃO TOMARÁS O NOME DO SENHOR TEU DEUS EM VÃO”

Joaquim José Oliveira Chagas

“NÃO TOMARÁS O NOME DO SENHOR TEU DEUS EM VÃO”
2º Mandamento

Quando residia em Brasília, DF, costumava frequentar o Centro Cultural de Brasília, é um centro administrado por padres Jesuítas, fiz boas amizades e lembro-me de um depoimento do padre James que contou-me que passou uma temporada na Irlanda em estudo naquele País, como era época da copa do mundo, os confrades sabendo do jogo do Brasil o convidaram para ver a seleção jogar. Momentos de descontração, estavam todos na sala de TV, torcendo junto pela nossa seleção, quando de repente num contra-ataque surpresa, quase tomamos um gol, ele levanta da cadeira num pulo e grita – Meu Deus do Céu essa foi por pouco. Qual não foi sua surpresa e que vergonha, ao olhar em volta estavam todos em silêncio a olhar para ele. Nessa hora entre outras coisas descobriu o significado da expressão “fuzilado pelo olhar” e a lição, mas importante dita pelo superior presente, - Padre observe o II mandamento.
Como é sabido de todos o judaísmo desde tempo imemoriais tem um respeito tão grande pelo nome de Deus, que não ousa pronuncia-lo usa o famoso tetragrama as YHWH “Javé” (ou “Yahweh”), que formam o nome do Deus vivo, e mesmo nas traduções de obras judaicas o nome é grafado faltando uma letra ficando assim D’us. Como co-herdeiros em Cristo Jesus nós devemos ter o mesmo respeito.
Quando foi que perdemos este temor? Vamos aos fatos. O ataque aos valores cristãos vem de longa data, hoje apenas testemunhamos quando ele chega a superfície e mostra as claras sem nenhum pudor. Desde Freud com a sua obra “O mal-estar da civilização” afirmando que o homem matou seus desejos, conteve suas pulsões etc., até Marx com a afirmação que a religião é o ópio do povo o trabalho de ataque aos valores cristãos não cessaram.
A Revolução Cultural Gramsciana, percebeu que para implantar o comunista é condição “sine qua non” a derrubada do CRISTIANISMO. Nos últimos anos o ataque aos símbolos religiosos ganhou força por conta de todo um trabalho de desmoralização que vem sendo feito em todos os meios de comunicação. Lembram da polemica da escola de samba beija-flor de Nilópolis do carnavalesco Joãozinho trinta que em 1989, quis expôs um Jesus Mendigo na passarela e foi proibido no último minuto pela justiça, e mesmo censurado debochou e colou um faixa escrito, “mesmo proibido olhai por nós”. Portanto, amados estejamos preparados pois como o diz o ditado o que já era ruim ainda pode piorar.
Vamos relembrar numa pequena cronologia estes ataques:
Na obra do nosso grande Ariano Suassuna “Auto da compadecida” escrita em 1955, misturando crítica social com um viés anticristão, já incluía de forma disfarçada com muito humor um ataque ao catolicismo ao mostrar duas vertentes da igreja uma representada pelo bispo interesseiro institucionalmente falando, e outra representada por um pobre pároco de aldeia imbuído de um fé genuína as voltas com problemas reais do cotidiano, e também a provocação ao representar Deus como diz João grilo um tanto queimadinho. A partir destas concessões mais dia menos dia chegariam ao Especial de Natal do Porta dos Fundos.
Em 1985 tivemos Je Vous Salue Marie (Eu vos saldo Maria) de Jean-Luc Godard, também, dessacralizando a história bíblica dando sua versão modernista da narração dos evangélicos. Sempre sobre a égide da “liberdade de expressão”
Em 1988 a “Última tentação de Cristo” de Martin Scorsese baseado na obra polemica de Níkos Kazantzákis onde retratava um Jesus completamente diferente das Escrituras, e causou muita revolta por onde foi exibido. Interessante que o Kazantzákis tem uma obra belíssima que foi Zorba o grego, mas se prestou a este desserviço em a última tentação de cristo.
Por último e não menos importante, temos que cortar na própria carne, pois nas últimas décadas, com o crescimento do evangelismo no Brasil, nossos irmãos imbuídos das melhores intenções, contrariam o segundo mandamento ao postar em seus carros, casas e comércio a frase: - Deus é fiel. Deus não é selo do inmetro, não é franquia Internacional. Temos que ter discernimento, pois o hábito não faz o monge, o monge é que faz o hábito, portanto, não vamos banalizar algo que merece toda honra, toda gloria que é o nome Santo do Senhor.
Tudo isto para falar sobre a recente polemica do filme lançado pela Netflix “Primeira Tentação de Cristo” do grupo Porta dos Fundos” que me abstenho de comentar, em vista de tamanha ignomínia melhor dizendo a canalhice convertida em humor. É apenas o mais do mesmo, um grupo que se chama Porta dos Fundos não merece nem uma linha de comentário, até porque no corpo humano porta do fundo vocês sabem o que é!
Assim descreve Dante na Divina Comédia: Quem habita o terceiro giro do sétimo círculo do inferno. Sob uma chuva de chispas de fogo, são aqui punidos os blasfemos, que estão deitados; os usurários, sentados; e os sodomitas, obrigados a um contínuo caminhar.
Em 2Pedro3:3 A bíblia diz: Sabendo primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores com zombaria andando segundo as suas próprias concupiscências.
Miserere mei, Deus: secundum magnam misericordiam tuam.Et secundum multitudinem miserationum tuarum, dele iniquitatem meam.
i> Tem piedade de mim, ó Deus, por teu amor!
Apaga minhas transgressões, por tua grande compaixão!


Joaquim José Oliveira Chagas

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