O que podemos ver sobre o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é que estamos diante de dois extremos: negar as diferenças humanas, negar que existem pessoas que tem atenção dispersa ou não desenvolvida e o outro extremo é tentar diagnosticar tudo e todos com TDAH e colocar como se fosse uma setença de invalidez para a pessoa.
O diagnóstico e tratamento do TDAH são áreas que requerem atenção cuidadosa, considerando as diferentes abordagens disponíveis. A combinação de intervenções psicofarmacológicas e comportamentais tem mostrado eficácia, mas também destaca a necessidade de um diagnóstico preciso que leve em consideração a individualidade de cada caso.
O TDAH é tratado com técnicas comportamentais porque toda atenção é contigente.Apenas a medicação não irá fazer o efeito de tornar as bases cerebrais fortes como a modelagem comportamental faz, por isso que quando retira a medicação parece que a pessoa voltou a ter os sintomas tudo de novo.
Em termos neurofisiológicos o sujeito que apresenta o TDAH tem hiperfuncionamento das áreas límbicas e hipofuncionamento da área pré-frontal, o que faz com que ele disprenda a atenção com facilidade.
A pessoa com TDAH consegue ter atenção, consegue ter foco naquilo que mexe com suas emoções, um exemplo claro é como uma pessoa com TDAH fica superfocada no jogo de vídeo game.
O TDAH é frequentemente mal interpretado no ambiente escolar, resultando em um aumento significativo dos diagnósticos e na adoção de práticas que podem não refletir as verdadeiras necessidades das crianças e adolescentes.
A crescente rotulação de comportamentos de desatenção e hiperatividade pode levar a diagnósticos desenfreados, muitas vezes desconsiderando fatores contextuais e ambientais que influenciam o comportamento das crianças.
Atribuir ao TDAH uma explicação simplista que se baseia apenas na observação de comportamentos construídos a partir de múltiplas variáveis é condenar o sujeito ao não desenvolvimento.
Dra. Luciene Amaral
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