Se o dicionarista alagoano Aurélio Buarque de Holanda, ao invés de Matriz de Camaragibe,tivesse nascido em Santana do Ipanema. Ao definir o termo Mesquinho: avarento, não generoso, que não gosta de dar, parco, ridículo, ranzinza, canguinha,etc. Com certeza acrescentaria "assim como Sebastião Jiló e Seu Dóta".
Os dois cidadãos em evidência, eram santanenses. Hoje em dia, já se foram. Ambos "lá pra cima". E para que o desavisado leitor não considere exagero o que afirmamos. Acrescentamos fatos ilustrativos para que tirem suas próprias conclusões.
Na seca de setenta as ruas de Santana ficaram cheias de mendigos. Um deles, já morrendo de de fome, chega à porta de Sebastião Jiló. Nem consegue mais pedir "uma esmola pelo amor de Deus!". E desmaia. Sebastião chega até a calçada e decidido afirma:
-Na minha porta ninguém morre de fome!
Pega o pobre coitado nos braços e coloca na porta do vizinho. E Seu Dóta. Certo dia, sua casa pegou fogo, por conta de um incêndio incidental, causado por uma empregada fumante. E enquanto os vizinho e amigos socorriam seus bens e móveis. Ele chorava copiosamente num canto. Descobriu-se depois o motivo do choro. A meninada da praça liderada por Jane de Seu Abílio Chagas aproveitando-se da ocasião, meteram o pau a pegar as goiabas de suas fartas goiabeiras. Tão desejadas, mas só num momento como aquele tiveram acesso aquele quintal.
Pessoas com tais atitudes acabam virando motivo de chacota. Nas rodas de conversa.Essa dupla acabou ganhando, entre outras, essa piada:
Como eram pecuarista, foram participar de um congresso leiteiro em Maceió. Ao término vão dar uma volta pela praia de Pajuçara. Sebastião Jiló olhando o marzão de águas do Atlântico, comenta:
-Eita Dóta!Já pensou se ao invés de água isso tudo fosse leite, pra gente vender a um cruzeiro o litro, em Santana!
-Prestava não...
-Por quê?
-E aonde a gente ia arranjar tanto arame farpado pra cercar tudo isso!
Fabio Campos 07/12/2009
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