ENCONTROS, DESENCONTROS

Fábio Campos

Mais uma etapa de nossas vidas vai se completando. Mais um ano se passou. Muitos vão filosofar: “É mais um, ou menos um em nossas vidas?”. “Foi o ano que passou, ou nós que passamos por ele?” Isso depende do ponto de vista de cada um. Sou dos que acreditam na ideia de que há três tipos de pessoas, com relação à visão que tem de mundo: Há os otimistas, e tudo o que está pra acontecer pra ele vai dá certo! Sua positividade é algo impressionante! Se atiram aos seus projetos, na vida e no mundo, de corpo e alma. Há os pessimistas, àquele que são totalmente inverso ao primeiro. Pra ele a tendência das coisas não darem certo vem em primeiro lugar! Assim como há os indiferentes, pra ele tanto faz como tanto fez.

Parece que vivemos eternamente vivendo fases e ciclos. A vida biológica mesmo, é uma etapa de seis estágios: fase intrauterina; pré-infância; infância; adolescência; idade adulta e senilidade ou velhice. Nesse ínterim ocorrem a sucessividade dos anos. Neles vivenciamos períodos de formação: religiosa, de estudos escolares, de formação profissional, de anos de trabalho, de vida matrimonial ou de solteiro.

A vida porém não pode jamais resumir-se a essa sucessão de ciclos e fases. Ela é muito mais que isso. A vida é à cima de tudo “bonita” como assim o saudoso Gonzaguinha perpetuou na sua música. Hoje pela manhã, do nada comecei a cantarola uma música antiga que diz assim: “Mas um ano se passou, e nem sequer ouvi falar seu nome, a lua e eu”. Pesquisei agora, descobri que é de Cassiano. Me trouxe muito boas lembranças de infância e juventude. Da tão acolhedora casa dos meus pais.

E penso, não tínhamos, seja qual for o aspecto social, patrimonial, poder aquisitivo, conhecimento, maturidade, experiências de vida, nada. E no entanto éramos tão felizes. Hoje olho lá pra trás e só tenho a agradecer a Deus, e a minha mãe Nossa Senhora pelos caminhos que trilhei, e ter chegado aonde cheguei. E como estiveram tão presentes no meu caminhar.

Percebo a vida e os anos como uma sucessão de encontros, desencontros e reencontros. Estávamos reunidos em família na noite de natal última. Dias antes alguém formou um grupo dos que iriam participar, no aplicativo watsap da rede de internet. E entre uma postagem de vídeo engraçado e um comentário sobre o encontro nos divertíamos bastante. Meu filho Joaddan na ocasião do evento bolou e pôs em prática uma ideia interessante: Todos os presentes iriam sentar-se numa poltrona previamente arranjada pra isso. E iria dizer o que gostaria de dizer a si mesmo no natal de 2024. A filmagem seria guardada numa cápsula do tempo que só será aberta daqui a exatamente um ano.

No dia seguinte, o grupo de watsap que tinha o título “Natal em Família” virou “Ano Novo em Família”. E aí já começaram os comentários, as brincadeiras, as resenhas. E quem iria levar o arroz com uva passa que não podia faltar? Gente e aquela lasanha quem levou? Que gosto duvidoso! E de repente alguém diz lá no grupo: “Pessoal! Infelizmente eu não vou poder ir pro Revellion da família. Já tenho outro compromisso.” Aí mais outro também diz o mesmo. E mais um.

Mas alguém comenta no grupo que outros parentes que não puderam estar na noite de natal com a gente, vão estar na virada de ano novo. A vida é isso! Um eterno momento de encontros, reencontros e desencontros. Nesse penúltimo dia do ano quero desejar a todos um FELIZ ANO NOVO! Repleto de realizações. “Que seja eterno enquanto dure” como bem disse Vinícius de Moraes.

UM POUCO DE HUMOR PRA ENCERRAR
O AMOR é como GASOLINA
Custa Caro Acaba Rápido e
Pode ser Substituído pelo ÁLCOOL
O CARA NO RESTAURANTE

-Garçon! Eu Sou Alérgico a GLÚTEN, Sou VEGETARIANO
NÃO BEBO NADA DE ÁLCOOL. O que você me Sugere?
-Que vá embora. Aqui é uma Churrascaria NE Hospital?

Fabio Campos 30 de Dezembro de 2023.

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