UM GRANDE DESTINO

Clerisvaldo B. Chagas

UM GRANDE DESTINO
Clerisvaldo B. Chagas, 14 de novembro de 2011

Vamos, todos os brasileiros, acompanhando os primeiros benefícios da copa no Brasil. As melhorias no trânsito e as construções civis aparecem mais, principalmente no Rio de Janeiro, cidade atrativa por excelência. Além de novas pousadas, hotéis, restaurantes, embelezamento, estádios e outras obras gigantescas, chega também o mais precioso dos bens: a liberdade. A ocupação das favelas dos morros cariocas, pela polícia, parece até uma coisa inverossímil. A quase incredulidade é baseada nas décadas e décadas de mando criminoso vergando o espinhaço do povo humilde e trabalhador que puxa as fábricas, o comércio, a prestação de serviços desse dinâmico estado brasileiro. Sempre ficávamos tristonhos quando os pensamentos se voltavam para as favelas do rio, sem compreendermos como é que as autoridades permitiam tanta gente escravizada pela droga, pela bandidagem, sobretudo pelo medo. Sim, que havia corrupção civil e policial. Onde existe dinheiro, existe corrupção, mas sempre ouvimos das próprias massas populares a frase de que “quando o governo quer, faz”. Tudo o governo pode quando quer. Quando não quer, nada pode, nunca pode, afogando seus cidadãos na tristeza da impotência nos direitos mais sagrados.
A libertação da Rocinha é apenas uma das grandes e boas notícias do Brasil de hoje. Um Brasil que caminha a passos largos para o desenvolvimento, sem deixar de afirmar que muito ainda precisa ser feito. Saneamento básico e Saúde pesam muito na mala de reboque e ainda não dão oportunidade de recebermos o diploma de primeiro mundo. Enquanto o atendimento, apesar dos esforços, continuar mostrando as chagas do descaso e dos desvios milionários, o país ainda será pequeno por não ter conseguido resolver o básico do seu povo.
Um exemplo notório vem do campo, quando as próprias usinas de cana-de-açúcar procuram eliminar a queimada de uma vez por todas, investindo em máquinas como colhedoras modernas. Se uma colhedora faz o serviço de oitenta homens, haveria como certo o desemprego de milhares de cortadores de cana. Entretanto, além da mão de obra ser absorvida na indústria agrícola, as próprias usinas estão qualificando os temporários do campo em vários outros setores, desde o manejo diversificado das máquinas, a cursos agrícolas que deixam o homem apto à vida do trabalho. Exemplos formidáveis, ao lado de tantas notícias negativas.
No esporte, de vez em quando as derrotas da seleção de vôlei. Mas do outro lado, o título de campeão mundial para Cigano, no UFC. É assim que o Brasil num todo vai caminhando para UM GRANDE DESTINO.

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