JESUS NÃO ESTAR À VENDA

José Vaneir Soares Vieira

“Então disse Jesus aos seus discípulos: se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Ev. de Mateus 16.24).

O título de nossa reflexão pode parecer à primeira vista uma grosseria ou mesmo um sacrilégio. Mão não é. O que temos visto no nosso mundo moderno, hedonista, alienado das verdades divina e extremamente voltado à satisfação da ganância do coração humano é que Jesus é apresentado por muitas igrejas e religiões da atualidade como um produto à venda, exposto em uma vitrine bem ao gosto do cliente.

O Jesus que é mostrado às pessoas é alguém que faz concessões, que nada exige do pecador, que não se importa que a pessoa O siga e mesmo assim continue sua vida dúbia de erro. O Jesus apresentado em muitas pregações é alguém que apenas abençoa, que dar, que faz prosperar, que é bom. É alguém que não exige renúncia, abandono do pecado, santidade, moralidade e ética, pois Ele pode perfeitamente abençoar a vida desavergonhada, porque Ele é bom. O Jesus apresentado às pessoas não é o mesmo Jesus do Novo Testamento, mas é alguém que não confronta nossos erros, não expõem nossas mazelas, não põe o dedo na ferida do nosso pecado. Somos levados a acreditar que Jesus é aquele que abençoe os casamentos gays em nome de Deus (nada tenho contra suas vidas!), que sanciona a conduta infiel do cônjuge porque a carne é franca e Ele entende, que legitima a fornicação entre os jovens, que até entende aquele aborto de uma gravidez irresponsável. O Jesus apresentado às pessoas não exige qualquer arrependimento, não chama à responsabilidade ninguém e até tem um céu preparado para todos e, mesmo aqueles que morreram com pecadozinhos, haverá uma segunda chance depois da morte, afinal Deus é bom e não vai condenar ninguém. É um evangelho que não cobra, não exige, apenas faz concessões e passa a mão na condita das pessoas, dizendo que não há problemas em elas serem assim. Esse é o Jesus apresentado nas mensagens pregadas por muitas religiões e igrejas.

Mas esse não é o Jesus que veio ao mundo e não é o Jesus que estar sentado no Trono à direita de Deus. Esse Jesus ai é o Jesus criado no imaginário de muitos homens religiosos. Muita da mensagem que ouvimos de Jesus não é a Mensagem do Evangelho que Ele pregou há quase 2000 anos quando aqui esteve. É uma mensagem estranha. É um Evangelho pregado a consumidores de religião e não à vidas carentes de Deus.

E qual a razão de ouvirmos uma mensagem tão fácil, sem qualquer exigência, que acomoda a todos? É que o verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo é diferente. O Evangelho de Jesus exige do ser humano arrependimento e abandono de pecado. Exige renúncia, exige pureza, exige santidade, exige caráter, exige fidelidade, exige que tomemos a cruz e o sigamos (fala de sacrifício). O Evangelho de Jesus não aceita duplicidade de vida, dupla moralidade – uma para mim e outra para você.

Ou você segue a Cristo ou segue outro senhor; ou você ama a Deus ou você não o ama; ou você estar com Cristo ou não o estar; ou você é salvo ou perdido; ou estar no caminho estreito ou no caminho espaçoso; ou segue o caminho do céu ou o caminho do abismo. Não há como escolher duas coisas: você só pode escolher uma delas. Essa é a mensagem do Evangelho de Cristo. Ele é exigente, porque Ele estar preparando vidas para entrar no céu, e no céu não entre pecado.

Jesus não está à venda, com Ele não se negocia, barganha ou transaciona: ou se aceita a Sua vontade ou nada feito. Ele diz que “se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Ev. de Mateus 16.24).

Pense nisso!

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