Será que alagoas está acordando? Acompanho o noticiário do estado diariamente e cada reportagem sobre poder público leva-me a reflexões profundas. Também não deixo passar os comentário no site de relacionamento, o orkut, onde os participantes falam a vontade. Nas comunidades das cidades sertaneja há verdadeiras revoltas sobre as administrações.
Parece que o estado acorda. O Ministério Público está tomando providências em relação ao nepotismo nas prefeituras municipais. É lastimável saber que pessoas sem competência ocupam cargos importantes puramente por ser família do prefeito ou de vereador. Conheço prefeituras que parece mais empresa familiar do que órgão de gerência pública.
Não é um nem dois irmão do prefeito ocupando secretarias, mas são três irmãos, sem falar dos outros parentes usufruindo do dinheiro público. Tomo posse da frase célebre do jornalista Boris Casoy e digo “isso é uma vergonha”. Mal sabem eles que o reinado dura pouco. Os eleitores já não estão mais “cabrestados” e nas eleições darão o troco.
A edição de O Jornal do dia 7 de março trás uma matéria tímida sobre o nepotismo no estado, porém animadora pelo fato de que o poder público começa ainda este mês a investigar os órgãos que estão com esta prática. O jornalista Maikel Marques, no dia 26 de fevereiro, foi mais ousado e publicou no blog uma matéria sobre a nova administração de Monteirópolis e enfatizou “Maílson – novo prefeito da cidade - também deve dar continuidade à prática do nepotismo desenfreado que sempre vigorou na Prefeitura de Monteirópolis. É que lá, no pobre município do sertão, ser parente do prefeito sempre significou ter salário garantido. E em postos de destaque”.
O novo prefeito de Monteirópolis, Maílson Lima, assumiu a prefeitura este ano em decorrência da morte de José Ailton, que estava em seu primeiro mandato no município. Mas o nepotismo não atinge apenas a pobre cidade de Monteirópolis, mas de muitas cidades alagoana. No mesmo blog, do jornalista Maikel, o comentário do professor Fábio Andrey é: “Em se tratando de nepotismo, Penedo dá um banho em qualquer cidade alagoana, inclusive Monteirópolis”.
Para controlar essa prática deplorável no estado alagoano é realmente necessário a intervenção do Ministério Público. O dinheiro que as prefeituras recebem não é para abastecer os bolsos e cofres dos parentes do prefeito, mas para investir na cidade. A ação do Ministério Público deve ser enérgica e radical. Fora ao apadrinhamento!. As cidades sertanejas precisam de pessoas competentes, que lutem pelo desenvolvimento do município.
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