Há alguns anos Alagoas não era notícia nos meios de comunicação nacional. Mas há alguns meses, para a tristeza dos alagoanos, o pequeno estado do nordeste volta às paginas de jornal, revista e sites nacional. Digo para a tristeza porque as notícias são de violência, corrupção e até de descaso com a população.
Na minha última coluna falei sobre o nepotismo cultural nas pequenas cidades do estado. Fiquei surpreso com a repercussão. Recebi e-mails e telefonemas elogiando pela coragem em escrever sobre um assunto polêmico. Se o descaso e corrupção nas pequenas cidades do sertão ainda não ganharam repercussão nacional, o estado já!
Na edição de 18 de abril de 2007, da revista Carta Capital, a reportagem de Leandro Fortes: “Orgulho de Jagunço: Alagoas mantém a tradição de violência, assassinatos e impunidades”, é um mapeamento sobre o descaso em Alagoas. Quem ler a matéria se revolta com os “donos de Alagoas”. Fortes descreve o atraso do estado, partindo do período de independência de Pernambuco até os dias de hoje.
O que se pode observar é que o estado caiu no desprezo por que os interesses pessoais e políticos estão por traz. “A Polícia Federal desconfia que o recredenciamento da bandidagem em Alagoas seja fruto de uma briga interna da polícia. Boa parte dos policiais com poder de mando e cargos importantes do governo Lessa, foram transferidos para delegacias de periferia ou deixados sem função”, destaca a reportagem. É caso como esse que caracteriza Alagoas como estado corrupto.
Mas até quando seremos marcados por esses atos de nepotismo, corrupção e bandidagem? Até quando ocuparemos os últimos lugares no índice de desenvolvimento? A resposta fica para cada um que ler esta coluna. Não podemos mais deixar que coronéis, corruptos, ladrões mandem em Alagoas. A revolução deve começar em cada cidadão. Todos nós temos o dever de denunciar essas injustiças. Isso pode acontecer diretamente aos órgãos competentes, ou formando e informando os menos esclarecidos. A hora é agora!
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