Aproveito as férias para descansar, rever a família e amigos, como também participar das festas na região. O ouvido e olhar jornalístico me acompanham. Até porque não dá para ser profissional fragmentado. Ao embarcar para São Paulo, senti uma sensação de que estava deixando para trás uma história. Por alguns minutos concordei com meu primo Charles.
Charles é um jovem de aproximadamente 30 anos. A expressão latina “Carpe diem” traduz o lema que escolheu para a vida. Em uma conversa que tivemos disse-me que o presente deve ser aproveitado intensamente, por que virão outros momentos em que não lembraremos mais do passado. Era uma segunda feira quando conversávamos sobre esse assunto. Eu discordei do argumento dele. Disse-lhe que os bons momentos são eternos, logo nunca serão esquecidos da memória de quem os viveu.
No aeroporto de Maceió a sensação que tive era a de que naquele momento começava uma nova história na minha vida. Minhas férias no querido Agreste, Monteirópolis, Olho D’água, no maravilhoso Pão de Açúcar, Maceió... o reencontro com minha família e com meus amigos era passado.
Esse pensamento me perseguiu por horas. Mas em seguida voltei a discordar do meu primo. Voltei a minha idéia original. Os momentos bons que vivemos nos marcam profundamente. São referências para vivermos o futuro. O que vivi de significante nas férias está gravado no cérebro e no coração. Surgirão, quem sabe, momentos até melhores, mas a experiência que vivi nas férias é única.
Provavelmente eu não vivenciarei momentos como o de chegar em casa às 23h do domingo de Reis com o Charles e meu irmão, prepara uma macarronada e voltarmos à rua. Certamente não sentaremos à mesa para falarmos da vida de forma tão intensa como fizemos daquela segunda feira de manhã. Foram momentos simples que ficaram gravados na minha memória e que hoje me recordo com saudades. Há momentos que são eternos!
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