MEIO SÉCULO SEM ARY BARROSO

Antonio Machado

MEIO SÉCULO SEM ARY BARROSO

ANTONIO MACHADO
Existem pessoas que parecem ter nascidas já talhadas pela própria natureza para serem destaque em várias nuances da existência, como é bem o caso de Ary Evangelista Barroso, considerado como o mais famoso compositor popular brasileiro, sendo filho do casal Dr. João Evangelistas Barroso e Angelina de Resende Barroso, nasceu aos 07 de setembro de 1903, na cidade de Ubá, Estado de Mina Gerais. Seu pai era promotor público e deputado estadual, tendo tomado parte na campanha civilista por seu estado, e isto lhe valeu a perda de dois dedos de sua mão, não obstante a perda de um filho e consequentemente, a morte prematura de sua esposa, que ante estes dissabores tão fortes, Dr. João, não resistiu e veio a falecer tão jovem, deixando na orfandade Ary Barroso, que ficara aos cuidados de sua tia Gabriele Augusta, que desejava que Ary fosse padre, porem o garoto não possuía vocação para a vida do claustro, porque já tinha no sangue a síndrome da música, aprendendo com sua tia Ritinha a solfejar as primeiras notas musicais de piano, e já aos 12 anos trabalhava como auxiliar de pianista no Cinema Ideal, onde executava magistralmente as sonatas de Beethouven, e assim foi levando uma vida mais boêmia para a época, fugia até das aulas para dar vasão ao seu instituo artístico, era o artista que estava nascendo para a vida , e que aos quinze anos de idade compôs sua primeira música, um cateretê, De longe e posterirormente escreveu Ubaenses Carnavalescos. Em 1920, Ary Barroso, foi residir no Rio de Janeiro ingressando na Faculdade de Direito, contudo, veio a abandonar no segundo ano, passando a viver das composições quem faziam, sempre em numero crescente, com o dinheiro de um concurso musical e a música Dá nela, Ary Barroso casou com Ivone Belford de Arantes no dia 02 de fevereiro de 1930, e nesse mesmo ano após ter voltado a faculdade, bacharelou-se em direito. Suas belas composições surgiu uma após a outra, e o Brasil cantava, pois Ary Barroso nasceu para brilhar na música, que até hoje o povo canta suas músicas, como Vou à praia, É mentira, Oi, Pente fino, Vamos deixar de intimidade, o clássico Na virada da montanha, na Baixa do sapateiro, e em 1939, escreveu a imortal Aquarela do Brasil, que o colocou num pedestal bem mais destacado, cuja música até hoje é executada com orgulho pelos brasileiros, constituindo-se um patrimônio do Brasil, correu o mundo mostrando seu trabalho bonito e bem feito como compositor e cantor, sempre foi recebido com aplausos por onde passou. Quem não cantou Risque, de Ary Barroso, que diz: “risque seu nome do meu caderno/ já não suporto o inferno/ de nosso amor fracassado...”. Suas músicas o imortalizou deixando seu nome inscrito no pedestal dos melhores compositores do país. Mas a vida não é feita só de flores, e cirrose hepática lhe minou a existência, e finalmente no dia 09 de fevereiro de 1964, há meio século, falecia o grande compositor Ary Evangelista Barroso, deixando seu nome escrito na calçada da fama da música popular brasileira, e este ano de 2014, reverencia-se os cinquenta anos de seu falecimento, cantando suas músicas.

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