A MURALHA DE FERRO DA FERNANDES LIMA

Antonio Machado

Antonio Machado
Desde o homem troglodita ao das mais altas mansões, ele sempre procurou evidenciar meios, e criar mecanismos que viesse lhe beneficiar ao longo da história no seu palmilhar na face da terra. É inegável os avanços e as conquistas que o ser humano tem galgado com seu trabalho, fruto de seu inteligência. Os feitos realizados pelo homem tem sido fantásticos, deles assombrosos em todos os aspectos, porém isto vem provar o alto grau de capacidade e inteligência de que esse ser é dotado, levando Santo Tomás de Aquino a exclamar extasiado: “o ser humano é o que há de mais inteligente em toda natureza criada”. Contudo, diante dos grandes casos, tornamo-nos incompetentes, Sêneca, dizia: ”Diante dos grandes problemas, nos tornamos loquazes”. E a conhecida Avenida Fernandes Lima em Maceió, que corta a capital de norte a sul, com uma extensão que ascende há mais de dezoito quilômetros, deixa cada um de queixo caído com seu transito infernal, parecendo uma muralha de ferro ao longo de toda sua extensão. É deprimente, é degradante, caro leitor, ter-se que enfrentar diariamente aquela muralha, lançando-se em meio aquela parafernália de veículos de todos os portes e tamanhos, sem que ninguém resolva o grande problema, e enquanto isto a muralha de ferro feita pelos veículos na citada avenida, continua desafiando a inteligência dos engenheiros e homens de trânsito. E quando acontece de um paciente ter que ser transportado da Sta. Casa para o HU. ou vice versa, o que é uma constante, as unidades de saúde fazem piruetas de todas as espécies, tentando quebrar a muralha de ferro, na tentativa de salvar vidas, sabe Deus o quanto custa aos homens dos volantes o que tem que fazer...
Esta já é a segunda vez que escrevo sobre o assunto em tela, a este exemplo muitos fazem, porém tudo continua como na casa de Abrantes, tudo como dantes. O que se fazer, diante de tamanho problema? Vários prefeitos e secretários tem se sucedido ao longo do tempo, mas até o momento ninguém apresentou uma fórmula que viesse minimizar o problema, dada sua complexidade apontam a construção de novos viadutos, ou passarelas, outros acham que o número de transversais deveria ser diminuído, particularmente, não sei se estas questões resolveriam o problema, estes pontos focados aqui, eu os colhi andando de ônibus em conversa com pessoas, dizem que não deve opinar, quem não tem solução prá dar, basicamente, sim, todavia o caso da Fernandes Lima com sua muralha de ferro, constituída da enorme fila de carros em toda sua continuação, já extrapola a condição humana, e se torna um enorme desafio para os engenheiros deste século de tantas luzes e tanto saber, haja vista ser um caso que já está afetando a população de um estado, daí ser importante a participação de todos. Talvez o tempo mostre uma solução. Cora Carolina escreveu está máxima imortal: “todos estão matriculados na mesma escola da vida, onde o mestre é o tempo”. Esperar por ele? Hoje talvez não faça mais sentido o comodismo, quando Geraldo Vandré escreveu: “quem sabe faz na hora, não espera acontecer”, ter que andar naquela avenida diariamente, torna-se cada vez estressante, escreveu Colly Flores que: “os homens fazem as leis, depois passam a ser vítimas delas.”

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