Unidos pela arte

Literatura

Por João Neto Félix Mendes - www.apensocomgrifo.com

Imagem do quadro citado na crônica

No mês de fevereiro passado, foi lançado meu segundo livro “Ser Tão Interior”, em Santana do Ipanema. A capa chamou a atenção dos leitores que queriam saber quem havia produzido. Para quem estava presente, falamos sobre o processo de escolha da pintura. Agora, compartilhado com os demais leitores.

No final de 1990, além dos desafios da atividade bancária, assumimos também a diretoria social da AABB-Associação Atlética Banco do Brasil com o propósito de contribuir, além dos objetivos da pasta, realizar um evento anual que pudesse reunir, no mesmo espaço, uma amostra da cultura local no formato de “Feira de Arte e Cultura”, com o intuito de difundir os valores da terra.

Dentre os confirmados do evento estava o artista plástico e caricaturista Francisco Roberval Soares Ribeiro, conceituado artista visual cujos trabalhos há muito tempo eu admirava. Naquele período fiz-lhe um pedido especial: pintar um quadro de um homem caminhando numa vereda sertaneja em direção ao infinito seguindo um caminho delimitado por cercas. No horizonte, as serras embelezavam a paisagem. Ao descrever o panorama, ele me respondeu:

- João, esse quadro já existe, exatamente como você descreveu!!!
- Surpreso, perguntei: onde?
- No Supermercado Ouro Branco, no centro, está havendo uma exposição de quadros pintados a óleo de autoria de Goretti Brandão.
- Eu perguntei: Você a conhece?
- Ele respondeu: Não!

Curioso, dias depois fui ao supermercado para visitar a exposição que para mim era novidade e tentar falar com a artista plástica. No hall de atendimento da loja vários cavaletes serviam à mostra e não só me deleitei com os belíssimos trabalhos, bem como me apresentei à pintora elogiando sua arte que era diferente do que eu já tinha visto na cidade.

Após as explicações da artista visual Goretti Brandão fui apresentado ao estilo impressionista. Ou seja, as pinceladas soltas, típicas do movimento artístico, se caracterizam pelo uso de cores vibrantes e a busca por captar a luz e o movimento. A partir daquele momento, não só a convidei para participar da “Feira de Arte e Cultura” que estava se construindo, bem como nos tornamos amigos do casal até os dias atuais. Bem, o quadro que eu procurava, comprei-o, tenho até hoje. Cabe destacar um detalhe: as cercas de Goretti não têm arames farpados.

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