A Santa Casa de Maceió iniciou este ano seu Programa de Transplante de Fígado, abraçando todos os níveis de complexidade cirúrgicas com o transplante de rim e de coração. A instituição conta com uma equipe multiprofissional formada por profissionais dos Serviços de Enfermagem, Assistência Social, Psicologia e Nutrição que dá suporte aos pacientes e seus familiares nos processos pré, intra e pós-operatório.
O Serviço Social do hospital entre em cena a partir do momento em que entra em fila de espera. A Assistência Social tem o importante papel de acolher o paciente e seus familiares, traçando seu perfil socioeconômico através de uma avaliação social. “Essa avaliação nos dá base para realizar as orientações e encaminhamentos para viabilizar os direitos do usuário como questões previdenciárias, acesso aos medicamentos excepcionais, realizações de exames e acesso a consultas”, explicou Dayana Karla, assistente social pelo transplante hepático.
De acordo com Emanuele Gomes, psicóloga da equipe de transplante cardíaco, o conceito de saúde defendido pela OMS contempla aspectos físicos, psíquicos, sociais e espirituais como determinantes e condicionantes do processo saúde-doença. “No contexto do transplante de órgãos, estamos presentes desde a avaliação inicial, quando há a indicação para o transplante (momento em que o paciente está pleiteando uma vaga na fila), como também no pré e pós transplante. A atuação consiste na identificação de questões psíquicas que possam contribuir favoravelmente ou desfavoravelmente com o transplante”, disse.
No transplante de fígado, o enfermeiro atua em todos as fases do processo com atividades específicas. “O trabalho é realizado desde o ambulatório, passando pela unidade de internação e dentro do centro cirúrgico. Realizo o planejamento, implantação e avaliação dos cuidados dos pacientes transplantados de forma hospitalar e ambulatorial”, explicou Roberta Ramires, enfermeira responsável pelo transplante hepático.
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O hospital ainda dispõe de nutricionistas especializados para o acompanhamento de pacientes hepáticos. “Pacientes gravemente desnutridos tendem a maior morbidade e mortalidade pós-transplante. Os que tem obesidade também estão mais propensos a infecções, complicações em cicatrização de feridas, maior tempo sob ventilação mecânica e menor sobrevida. A adequação ou atenuação desses extremos em estado nutricional é fundamental para boa resposta ao tratamento”, disse Cynthia Paes, nutricionista da Nefrologia.
A intervenção nutricional nos transplantes pode ser dividida em três fases e deforma individualizada. “A atuação em equipe nos permite enxergar o indivíduo de forma mais ampla, possibilitando intervenções mais assertivas para esse momento de chance de uma nova vida”, destacou Marina Demas, nutricionista da equipe de transplante hepático.
A Comissão Intra-hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) organiza as rotinas e protocolos para possibilitar o processo de doação dentro da instituição, notificando as situações de possíveis doadores, responsabilizando-se pela segurança na realização dos protocolos de diagnósticos de morte encefálica, bem como o acolhimento dos familiares, entrevista familiar para possível doação dos pacientes em morte encefálica.
“São necessárias avaliações criteriosas de todo paciente com suspeita de morte encefálica que está interno nas unidades de terapia intensiva. Isso facilita e ajuda a equipe no fechamento do diagnóstico. É fundamental a presença de uma equipe multiprofissional. É um trabalho nobre e muito gratificante”, disse Clarissa Tenório, enfermeira do CIHDOTT.
Transplantados contam com o auxílio de equipe multiprofissional
SaúdePor Flávia Farias - Jornalista - ASCOM - Santa Casa de Misericórdia de Maceió 06/10/2021 - 10h 36min Assessoria
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