Isnaldo Bulhões, o último dos moicanos do Sertão alagoano

Literatura

Por Serginho Alencar

Certa feita, eu vi uma publicação onde estava explicito que, a melhor forma de falar com os que partiram do nosso plano físico, é através do silêncio.
Ou seja, nas boas lembranças, nas orações, calado, contemplando uma foto da pessoa que partira, e, em assim sendo, a comunicação continua. Provavelmente, e por essa razão, quando alguém parece, temos tanta dificuldade em expressar os nossos sentimentos, em lidar com aquele vazio que toma conta de nós.

Por outro lado, é impossível ficar calado diante de Isnaldo Bulhões, logo ele, que fazia da boa conversa um dos maiores prazeres da sua feliz vida, homem da palavra fácil, da história bem contada, da riqueza de detalhes, e da memória voraz e invejável. No trato pessoal era um craque, era um ás, estava sempre pronto para ajudar e dar conselhos.

As suas conversas sempre tiveram duas vertentes principais: futebol e política, na primeira, sempre entravam em campo o seu glorioso Vasco da Gama, e o seu também amado Canarinho do Sertão, – “Ipanema Atlético Clube”. Já na política, o bate-papo girava em torno do seu rincão natal, à querida e amada Santana do Ipanema.

Na condição de homem público, eram visíveis e predominantes os traços dos ideais republicanos, sobretudo de caráter, honradez e dignidade. Como político, era uma “águia”, tinha a capacidade de enxergar além do horizonte, dono de uma inteligência privilegiada, movia como ninguém as peças no tabuleiro do xadrez eleitoral.

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