Mais de 100 mil alagoanos estão sem água para beber e cozinhar

Demora para início da Operação Carro-Pipa agrava situação nos municípios alagoanos que apresentam situação de emergência em virtude da estiagem.

Em torno de 130 mil moradores do interior do Estado - do Agreste e Sertão - estão nesse momento precisando de água potável para beber e cozinhar. A informação é do chefe da Operação Pipa do 59º BIMTz, capitão Adelino Ferreira. Mesmo com decreto de emergência reconhecido pela União, com portaria publicada no último dia 13, até agora o comando do Exército em Alagoas não recebeu a ordem para iniciar a distribuição.

"A gente ainda não recebeu a ordem de fazer a reinclusão, o início da operação. Estamos aguardando que chegue a ordem do Comando Militar do Nordeste, em Recife, que até ontem não tinha recebido de Brasília", declarou capitão Adelino Ferreira.

"O decreto é reconhecido pelo Ministério da Integração Nacional que passa o Ministério da Defesa que manda a ordem para o Exército cumprir a missão. Recebemos a ordem de Recife, do Comando Militar do Nordeste. Existe uma hierarquia. A situação no interior de Alagoas está complicada, estamos acompanhando", relata o chefe da Operação Carro-Pipa.

No do mês passado, o governo do Estado assinou o decreto de emergência em virtude dos efeitos da seca que abrange 38 municípios de Alagoas.

Foram consideradas em situação de emergência Água Branca, Arapiraca, Batalha, Belo Monte, Cacimbinhas, Canapi, Carneiros, Craíbas, Coité do Nóia, Delmiro Gouveia, Dois Riachos, Estrela de Alagoas, Girau do Ponciano, Inhapi, Igaci, Jacaré dos Homens e Jaramataia.

Também entraram na lista Lagoa da Canoa, Major Izidoro, Maravilha, Mata Grande, Minador do Negrão, Monteirópolis, Olho D?água das Flores, Olho D?água do Casado, Olivença, Ouro Branco, Palestina, Palmeira dos Índios, Pão de Açúcar, Pariconha, Piranhas, Poço das Trincheiras, Quebrangulo, Santana do Ipanema, São José da Tapera, Senador Rui Palmeira e Traipu.

Um dos intuitos do decreto de emergência é garantir a retomada da Operação Pipa nesses locais. Segundo a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), que havia sido suspenso pelo Governo Federal.