MAIS UMA VEZ É NATAL
Antonio Machado
Nas grandes comemorações universais, o Natal abre esse leque, como recordação primeira, trazendo-nos a lembrança alvissareira de um fato ocorrido há mais de 2.000 mil anos, pois, somente um ocorrido dessa magnitude, atravessaria os séculos, perenizava-se no tempo para ganhar tanta notoriedade, ligando a terra aos céus, como o nascimento de Jesus Cristo.
Ora, os livros tendo por escopo a Bíblia Sagrada e a tradição, são coerentes e equânimes em afirmarem que Jesus é filho do casal José e Maria, tendo nascido no dia 25 de dezembro do ano 01, sendo, portanto, um jovem de 2.017 anos, dentro da era cristã. Não importa que esse fato seja uma realidade palpável, importa mesmo, é que tenhamos Jesus, o Salvador, que nos conduz a Deus, pela estrada misteriosa de Jacó, que liga o céu a terra de maneira invisível, mas presente visto pelos olhos da fé de cada um.
Não foi o Natal que nos deu Jesus, mas Jesus que nos deu o Natal com seu nascimento, haja vista antes de Jesus não havia o Natal, porque o Natal significa nascimento e isto veio consolidar, quando do nascimento do Salvador, portanto, toda está semana estamos comemorando o Natal de Jesus, com flores vivas e alegres, enfeitando os lares, os templos e as praças, rememorando o primeiro presépio feito pelo homem que foi São Francisco de Assis por volta do século XII. É também o nosso Natal, a maior festa da cristandade e confraternização universal dos povos.
A quantidade de escritores, poetas e prosadores, que teem se debruçado sobre o tema em foco, tem sido exorbitante, a grande maioria sempre exaltando o nome de Maria Santíssima como a grande mulher do evangelho, cunhando-a de estrela, outros não dão a Maria, mérito nenhum, não passando de uma simples mulher. O cristianismo lhe tem como corredentora no plano salvívico na redenção da humanidade, e crer que o processo do nascimento de Jesus foi obra do Espírito Santo e que, a Virgem Maria continuou virgem após o parto, a Teologia explica que, como os raios da luz atravessam a vidraça sem quebrá-la, assim Jesus nasceu de Maria, deixando-a intacta, imaculada, formosa e bela, que anos mais tarde, o povo de Deus, piedosamente, cantaria: “Da cepa brotou a rama/ da rama brotou a flor/ da flor nasceu Maria/ e de Maria o salvador”.
Entretanto, outras denominações religiosas aniquilam o nome da mãe de Jesus, sequer lhe falam, não deixando entender como se ama tanto ao filho e se despreza tanto sua mãe. Mãe é a palavra mais bela, e inigualável não possui rima, o livro do Eclesiástico em 03,18 preceitua: “Como é amaldiçoado por Deus aquele que irrita sua mãe”. E assim caminha a humanidade nas estradas do mundo rumo ao céu cada dia renovando a esperança de chegar à casa do Pai (do Canon da missa); porque mais uma vez é Natal que chega com novas propostas de paz para toda a família e a humanidade inteira. Feliz Natal de 2017.
Comentários