Maceió (AL), 11 de fevereiro de 2025 – Dois projetos alagoanos, de Maceió e Arapiraca, foram selecionados nos editais sociais do Banco do Nordeste (BNB) para apoio financeiro da instituição, por meio do Fundo da Infância e Adolescência (FIA) e da Lei de Incentivo ao Esporte. As duas iniciativas receberão um total de R$ 636 mil para o desenvolvimento de suas atividades, que beneficiam crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.
O projeto de Maceió, Superação, é realizado pela Associação Dojo Samurais e está em sua segunda edição promovendo a inclusão social por meio do ensino do judô, em centro de treinamento próprio que oferece serviços de equipe multidisciplinar. Já em Arapiraca, o projeto selecionado foi o Musical Teatral João de Barro, do Instituto de Desenvolvimento Socioambiental João de Barro, com ações que acontecem na comunidade quilombola Pau D’Arco e povoados circunvizinhos.
Para o superintendente estadual do Banco do Nordeste em Alagoas, Sidinei Reis, “os editais sociais do BNB são oportunidade de contribuir com iniciativas importantes para a inclusão social e o resgate da autoestima desse público, ainda em formação, que vive em situação de vulnerabilidade, despertando o senso de cidadania, fortalecendo a educação formal, afastando-os da criminalidade e do uso de drogas, entre outros benefícios promovidos pelo acesso ampliado à cultura, arte, educação e esporte”.
Editais sociais
Os projetos alagoanos contemplados foram selecionados por meio de editais do BNB abertos em agosto de 2024 para atender entidades que atuam com o Fundo da Infância e Adolescência (FIA), Fundo de Apoio ao Idoso, programas nacionais de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon) e Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa Física com Deficiência (Pronas/PCD), além da Lei de Incentivo ao Esporte. O resultado foi divulgado no final do ano passado para liberação dos recursos neste ano.Ao todo, serão R$ 25,2 milhões destinados a projetos sociais em toda área de atuação do BNB, beneficiando 16.123 pessoas. É o maior volume de recursos destinados a projetos dessa natureza da série histórica iniciada em 2007 e 150% maior do que o total liberado em 2024. Os recursos são oriundos de parte do Imposto de Renda (IR) a ser pago pelo Banco no exercício fiscal passado.
Dojo Samurais
Idealizadora do projeto Judô Superação, Fabiana Carnaúba, conta que a parceria com o Banco do Nordeste se dá desde 2023, quando o projeto foi selecionado no edital daquele ano. A nova aprovação, com base na Lei de Incentivo ao Esporte, contribui para a continuidade das ações. “A diferença desse projeto para o anterior é a quantidade de crianças assistidas. O do ano passado, a meta foi de 100 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social e econômica. Desta vez, nossa meta é atender 200”, ressalta.Os treinos ocorrem de segunda a sábado, no Centro de Treinamento da Associação, com um público de faixa etária entre os cinco e 18 anos. Além das aulas de judô, o projeto oferece serviços de assistência social, psicologia, pedagogia e fisioterapia. No currículo, os atletas treinados no Superação já colecionam medalhas em campeonatos locais e estaduais, e participação em competições nacionais.
João de Barro
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Instituto João de Barro realizará projeto de música e teatro, com apoio do BNB, em comunidade quilombola de Arapiraca.
“Quando uma instituição financeira como o Banco do Nordeste destina recursos para o FIA, ela não apenas cumpre um papel social fundamental, mas também contribui diretamente para o desenvolvimento humano e comunitário. Essa parceria é um exemplo concreto de como o investimento social pode gerar impacto duradouro e positivo na vida de muitas famílias”, afirma Aline Barros, fundadora do Instituto de Desenvolvimento Socioambiental João de Barro, ao se referir ao apoio do BNB ao projeto de teatro e música do Instituto.
Por meio de oficinas de coral e teatro, o projeto selecionado no edital do FIA do Banco do Nordeste visa capacitar crianças e adolescentes da comunidade quilombola Pau D’Arco, em Arapiraca, abrangendo também povoados vizinhos. Serão beneficiados 80 crianças e adolescentes com práticas de educação artística e ações de assistência social e psicologia.
Aline, que é assistente social, destaca que o projeto terá um impacto profundo na comunidade quilombola, promovendo a valorização da cultura e identidade cultural; a inclusão e acesso a atividades culturais; a educação e comunicação, bem como a promoção do bem-estar, baseado no papel terapêutico da arte.
Os recursos serão investidos na contratação de profissionais como coordenador, psicólogo, assistente social, instrutor de coral e instrutor de teatro; em material de papelaria, material necessário para as oficinas, lanche para os participantes, combustível e um pequeno valor será destinado ao Fundo da Criança e do Adolescente de Arapiraca.
O Instituto existe há nove anos e, até 2024, já assistiu 588 crianças e adolescentes, desenvolvendo oficinas de karatê, ballet, futebol, coral, teatro, reforço escolar, incentivo à leitura (recebendo apoio da Unesco nos anos de 2022 e 2023), oficinas socioemocionais para jovens, atendimento psicopedagógico, atendimento psicológico, assistência médica com clínico geral, além ações que promovem o fortalece vínculos familiares.
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