Uneal aprova concessão do título de Doutor Honoris Causa a ativistas do movimento antirracista

Educação

Por Ascom Uneal

Proposição dos títulos passou pela apreciação dos membros do Consu

Solenidade deve ocorrer no dia 20 de novembro, na Serra da Barriga, em União dos Palmares

O Conselho Superior da Universidade Estadual de Alagoas, em sessão ordinária on-line, na quinta-feira (22), aprovou por unanimidade a concessão do título de Doutor Honoris Causa a quatro ativistas do movimento antirracista afro-religioso: Pai Célio Rodrigues dos Santos (Babalorixá Célio Omintologi), Maria Neide Martins (Yalorixá Neide Oyá D’Oxum), Ismaila Fássassi (Babalawô Oloyé Ayinde Oriwo) e Célia Gonçalves Souza (Makota Celinha).

A proposição do título foi do professor do curso de História do Campus I- Arapiraca, Clébio Correia de Araújo, coordenador Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Uneal (Neab), e passou pela apreciação dos membros do Consu, conforme determina o Regimento Geral da Universidade.

“É a primeira vez na história da nossa instituição, do estado e nacionalmente, que uma universidade concede o título de Doutor Honoris Causa de uma só vez, a quatro personalidades de religiões de matrizes e raízes africanas. Sem dúvidas, um grande marco e reparação para com a população que foi e é diariamente silenciada e vítima das violências do racismo no geral, sobretudo em Alagoas”, frisou o pesquisador.

Para a solenidade de concessão dos títulos, a Uneal pretende propor que ocorra no dia 20 de novembro, na Serra da Barriga, junto às celebrações que ocorrem no local e que têm forte significado na luta contra o racismo.

“Não temos dúvidas sobre a importância e o simbolismo que esses títulos representam para uma política de combate ao racismo, de valorização das pessoas pretas. É uma necessidade o reconhecimento dessas autoridades para que a gente possa, de fato, ampliar a educação quilombola. Estes títulos coroam todo o trabalho realizado pela Uneal nas últimas décadas em defesa dos movimentos antirracistas. Esperamos que o reconhecimento dessas autoridades possa servir de exemplo para ampliar as políticas públicas como a educação quilombola”, destacou o reitor da Uneal, Odilon Máximo de Morais.

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