O nosso link literatura está muito interessante. Abrimos a semana com seis peças literárias: artigo, poesia, conto e três cônicas que deixamos os links a disposição.
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Artigo: PSICANÁLISE, IDENTIDADES CULTURAIS E REGIONALISMOS
Por Fernando Soares Campos
Na condição de animal semipensante, como posso acreditar que alguém com quem nunca estive antes, alguém que, aparentemente, não tem nem mesmo uma simples noção do que eu possa ter vivido, experimentado, contestado, aprovado, negado, amado, desprezado, conquistado e por aí vamos, pois bem, como esse alguém pode vir a saber mais de mim do que eu mesmo o sei? Ou, ao menos, como ele pode conhecer alguma passagem de minha vida que eu mesmo a desconheço ou dela não me lembro? Creio que tal pensamento pode ser formulado por algum candidato ao divã; principalmente quando este procura tratamento psicanalítico influenciado por terceiros, ainda mais se lhe indicam um terapeuta específico, classificando-o como “especialista no seu caso”. E, se aquele que indicou o terapeuta nunca se tratou com tal profissional, nesse caso, geralmente ele fala à base de “já ouvi falar que o cara é bom na coisa”.
Sob tal orientação, o paciente procura o psicanalista indicado, certamente acreditando que este venha a resolver o seu conflito, aquilo que parece originar-se em si e que, supostamente, atuaria contra si mesmo.
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Poesia: PENSAMENTO
Por Lúcia Nobre
E no brejo, os sapos coaxavam agora uma estória complicadíssima, de um sapo velho, sapo-rei de todos os sapos, morrendo e propondo o testamento à saparia maluca.
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Conto: CAMOXINGA
Por Marcello Ricardo Almeida
E marmeleiros cresciam a se perderem cidade afora. E a partir do templo de Santana, a cidade criava ruas e becos, tomava as colinas acima e o rio abaixo.
Silepse levantava uma casa, pedra por pedra, e tijolo por tijolo. E Quiasmo sem escrúpulos em tirar tudo o que podia do rio.
Na porta da rua, Assíndeto, o irmão da costureira Elipse, passava o dia a encilhar os seus burros de carga. Antonomásia entoava os cantos de trabalho, enquanto estendia roupas.
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Crônica: POLÍTICA, UMA CIÊNCIA DESGASTADA
Por Luiz Antônio de Farias
Nas opiniões de diversos filósofos o termo política teve diversas conceituações. Segundo Hobbes “consiste nos meios adequados à obtenção de qualquer vantagem”. Por outro lado Russel afirmava ser “o conjunto dos meios que permitem alcançar os efeitos desejados”. Sobre o mesmo tema Nicolau Maquiavel dizia ser “a arte de conquistar, manter e exercer o poder, o governo”. Longe de ser um filósofo, nosso velho e querido pai, Zeca Ricardo, costumava dizer que política era “uma canalhice em que existem dois partidos: o que está roubando e o que quer roubar”. Esta assertiva tem algo a ver com o conceito de Hobbes, apesar de nosso genitor não ter tido nenhum conhecimento da existência do referido pensador.
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Crônica: LEMBRANÇAS GUARDADAS
Por Remi Bastos
O amigo Benedito Soares certa vez foi transferido pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS),em Santana do Ipanema, para desenvolver suas atividades no município de Pai Mané, interior de Alagoas, nas obras de construção do açude naquele lugarejo. Animado com o reajuste no salário que iria receber, em razão do seu deslocamento para outra cidade, o Biu, na véspera da partida,convidou-me para tomar umas no bar Bafo da Onça, do inesquecível Zé Chagas, nas proximidades da Rua da Matança. Já no recinto o Biu não falava em outra coisa, a não ser das vantagens monetárias que iria receber. Ne-ne-negão, vou fazer meu pé-pé- de meia em Pai Mané, e de-de-depois de seis meses vou-vou pedir a mão de Ma-Ma-ria do Carmo em casamento, disse o amigo.
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O ESPETÁCULO SILENCIOSO DAS NUVENS
Por Alberto Rostand Lanverly Presidente da Academia Alagoana de Letras
Recentemente, sentado em poltrona próxima a janela de avião que voava a quinze mil pés de altitude, tive a oportunidade de olhar as nuvens vistas de cima, imediatamente entendendo ser aquela experiência única, nas asas da qual me transportava para um mundo de pura contemplação e maravilha.
E enquanto a aeronave cortava o céu, a paisagem branca, se desdobrava como vasto oceano singelo e delicado, com formas que pareciam mudar a cada instante. algumas acumulando em camadas densas e acolchoadas, enquanto outras estendendo em fiapos delicados, semelhantes a pinceladas no céu azul.
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A arte da Palavra, A LITERATURA
LiteraturaPor Redação 25/08/2024 - 18h 30min https://mundoeducacao.uol.com.br/literatura/a-arte-palavra-literatura.htm
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