Idosa de 84 anos tem alta após intervenção coronariana complexa

Saúde

Por Thedomiro Jr. Jornalista MTE/AL 575

Cardiologistas intervencionistas participam de workshop no Laboratório de Hemodinâmica da Santa Casa

A leitura de uma reportagem sobre a Cardiologia da Santa Casa de Maceió ajudou a salvar a vida de uma paciente de 84 anos. Ela possuía uma enfermidade de difícil tratamento: obstrução total crönica de artéria do coração.

“O cansaço limitava meus movimentos até mesmo no falar”, relembra a senhora J.P.A.S., que comemorará 85 anos agora um julho. Ela chegou a fazer um procedimento em outro hospital, mas sem sucesso.

Cardiologista Evandro Martins e (em destaque) a reportagem publicada no semanário O Semeador lida pela nora da paciente


A reportagem veiculada em O Semeador versava sobre um procedimento minimamente invasivo, que representa uma nova esperança para pacientes de alto risco.

Após a matéria, J.P.A.S. consultou-se na Santa Casa Cardiovascular e comprovou que a instituição tinha a expertise e a tecnologia necessária para este procedimento.

A intervenção ocorreu esta semana, no Laboratório de Hemodinâmica da Santa Casa de Maceió no 2º Workshop de Intervenções Coronarianas Complexas.

Cardiologista Leilton Luna com especialistas em sala de comando


Se fosse uma cirurgia aberta a paciente levaria entre 20 e 45 dias para voltar à rotina normal. Neste procedimento minimamente invasivo, a alta ocorreu dois dias após a internação.

À frente do workshop, o cardiologista intervencionista Evandro Martins Filho. Ele iniciou há cinco anos uma caminhada para trazer tais técnicas para Alagoas e hoje compartilha o seu conhecimento com colegas de todo o País.
Neste último encontro estiveram especialistas de João Pessoa e Campina Grande (PB), São Paulo (SP), Vitória (ES), Salvador (BA), Recife (PE) e Aracaju (SE).

Apesar do SUS ainda não cobrir o procedimento, dois dos quatro pacientes beneficiados no workshop fizeram a cirurgia mesmo não tendo plano de saúde ou recursos financeiros.

“Para nós é uma satisfação profissional saber que fazemos a diferença na vida de uma paciente idosa. No passado, era muito arriscado tratar este tipo de paciente, seja pelos riscos inerentes à idade, seja pela dificuldade em se desobstruir uma artéria há muito oclusa por placas de gordura. Mas, hoje essa realidade mudou”, comentou Evandro Martins, que junto com sua equipe já realizou mais de cem cirurgias deste tipo.

E acrescentou: “Hoje possuímos a mais moderna tecnologia existente nos principais centros do mundo. Porém, é importante reforçar que cada caso é um caso e que por trás desta mesma tecnologia precisam estar mãos hábeis”.

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