Colunistas: “O paradoxo do heroísmo brasileiro"

Cultura

Por Redação com Adriano NUnes

Nunca tivemos verdadeiros heróis porque, parece mesmo, que não sabemos o real significado da palavra herói e o que tal significado implica nas relações interpessoais, nos discursos e nas práticas sociais. Estamos acostumados, de algum modo, com o heroísmo perfeito, isto é, aquele em que o herói supra-humano nunca nos decepciona, nem por seus atos nem por seu caráter e sua personalidade. Neste sentido, os heróis que forjamos para nós são estrangeiros: ou de um outro lugar que não o Brasil ou do imaginário, da ficção, da mitologia. Por quê? Porque, ao que parece, precisamos do protótipo ideal e não da humanidade escancarada, esta que nos torna sujeitos de erros, falhas, desvios, fraquezas, covardias e choros. Assim, basta um pequeno deslize, em qualquer qualidade pessoal, o “herói” nacional, de imediato, súbito, retorna à esfera humana, como se dela nunca tivesse feito parte enquanto tomado como herói. Isso se dá, também, ainda que eles não sejam heróis (ainda que a massa acéfala e irascível os queira como tais!), com artistas, escritores, poetas, pintores, cantores, compositores, atletas e, entre estes, os jogadores de futebol, por esta nação autodenominar-se “o país do futebol”.

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