Ação, realizada na Bacia Leiteira, contou com apoio do Ministério Público e da Polícia Militar
Uma operação-surpresa de fiscalização, realizada na Bacia Leiteira pela Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), com apoio do Ministério Público Estadual e da Polícia Militar, resultou na prisão em flagrante de sete pessoas por furto de água. Os casos ocorreram na zona rural de Santana do Ipanema e na área urbana de Dois Riachos, que são abastecidos pela adutora da Bacia Leiteira, que também beneficia outros 17 municípios da região. A operação se estendeu ao município de Major Isidoro, mas nessa localidade não foi registrada nenhuma irregularidade porque a fiscalização-surpresa só chegou a esse município ao final da operação; o tempo foi suficiente apenas para fiscalizar alguns imóveis da área urbana e alguns veículos usados no transporte de água.
?Outros locais, tanto na zona rural quanto na área urbana, receberão mutirões de fiscalização semelhantes ao realizado na última sexta-feira (25) na Bacia Leiteira?, anunciou o presidente da Casal, Álvaro Menezes. Ele disse que quem estiver furtando água poderá ser preso em flagrante e processado judicialmente. ?Não vamos tolerar práticas criminosas que prejudicam milhares de pessoas, que sofrem com a escassez de água e que poderiam ser abastecidas com mais regularidade, caso não houvesse tantos desvios de água das adutoras?, advertiu Menezes.
A operação da última sexta-feira começou às 5h, em Santana do Ipanema, e se encerrou às 18h, em Major Isidoro. Foram fiscalizados 15 imóveis, sendo 11 na zona rural e quatro na área urbana. Dos 15 imóveis fiscalizados, 10 ficam situados em Santana do Ipanema, três em Dois Riachos e dois em Major Isidoro. Das sete prisões em flagrante, seis foram realizadas na zona rural de Santana do Ipanema e uma na área urbana de Dois Riachos. A maioria das prisões ocorreu no sítio Lagoa dos Morais, em Santana do Ipanema, onde foi constatada a maior parte das irregularidades.
Depois de concluída a operação, os presos foram encaminhados à Delegacia Regional de Santana do Ipanema, onde foram lavrados os flagrantes e arbitradas as fianças. Após a conclusão dos inquéritos policiais, os casos serão encaminhados à Justiça e todos os acusados vão responder a processo, podendo, ao final do julgamento, receber punições que variam de dois a oito anos de prisão.
Atuaram na operação o promotor Luiz Tenório ? que comandou a ação -, o capitão José Olival, que comandou as guarnições do 7º BPM (Batalhão de Policiamento Militar), um representante da Empresa Alagoana de Serviços Gerais ? que mapeou os locais visitados e também participou da operação -, e três equipes da Casal, incluindo um químico. A imprensa acompanhou o trabalho.
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