Pelos menos 122 escolas públicas foram destruídas e 52 mil alunos estão sem aula, mas medidas serão tomadas para não prejudicar o ano letivo
Os estragos provocados pelas enchentes nas escolas públicas do Estado e dos municípios atingidos pelas enchentes, deixaram um prejuízo superior a R$ 79 milhões. Desse total, R$ 34,9 milhões foram os prejuízos com as escolas do Estado e R$ 44,3 milhões foram os prejuízos calculados pelas prefeituras com as escolas municipais. O levantamento dos danos materiais sofridos pelas escolas públicas foi apresentado, nesta sexta-feira (9/7), aos técnicos do Ministério da Educação (MEC), durante reunião realizada no Palácio República dos Palmares, em Maceió.
Entre os prejuízos calculados estão os danos causados na estrutura física das escolas, as perdas com material didático, equipamentos, documentação e merenda. Ao todo, 17 escolas do Estado e 105 unidades de ensino dos municípios foram destruídas ou danificadas. Nessas 122 escolas, estudavam 52.574 alunos, sendo que 10.389 matriculados na rede estadual e 42.185 matriculados na rede municipal de ensino.
Os dados foram apresentados pelo secretário estadual de Educação e Esporte, Rogério Teófilo, durante a reunião com os representantes do MEC e dos municípios atingidos pelas cheias. De acordo com o secretário, os dados apresentados pelo Estado já são definitivos, mas alguns municípios ainda não tinham fechado seus números. Feito isso, com base nesse levantamento serão definidas as estratégias de reconstrução das escolas.
?Além disso, estaremos também procurando alternativas para garantir o retorno das aulas dos alunos das escolas destruídas ou ocupadas com desabrigados. Nosso objetivo é evitar que os problemas provocados pelas enchentes comprometam o ano letivo?, afirmou Teófilo. Segundo ele, uma alternativa estudada pela secretaria, em parceria com as prefeituras, é providenciar transporte escolar e levar os alunos para estudar em escolas em condições de ensino.
?Todas essas decisões com relação à recuperação da rede pública de ensino estão sendo tomadas de forma integrada com os municípios, como preconiza o Programa Geração Saber?, acrescentou o secretário. Para Teófilo, o mais importante é a conjunção de esforços para desenvolver atividades recreativas com os filhos dos desabrigados e colocar os alunos nas salas de aula, assim que terminar o recesso escolar, no início de agosto.
No diagnóstico apresentado ao MEC constam informações sobre as escolas de 15 municípios que decretaram estado de calamidade e quatro em situação de emergência. Alguns desses municípios - como as cidades de Branquinha, Murici e União dos Palmares - deverão receber escolas novas, destinadas aos moradores dos conjuntos habitacionais que serão construídos para abrigar as pessoas que perderam suas casas com as cheias.
Durante a reunião, o secretário executivo do MEC, José Henrique Paim, garantiu que não faltarão recursos e apoio técnico do Ministério para ajudar a reconstruir as escolas públicas de Alagoas. ?A determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro Fernando Haddad é de apoio total aos municípios atingidos pelas enchentes, tanto em Alagoas, como em Pernambuco?, afirmou Paim.
Para evitar que os alunos das escolas destruídas ou danificadas sejam prejudicados, o secretário Rogério Teófilo disse que algumas decisões importantes foram tomadas. Ele lembrou que foi publicada uma portaria antecipando o recesso escolar. Além disso, será realizada uma chamada pública escolar nas cidades atingidas pelas enchentes, para recuperar a documentação dos alunos da rede estadual e municipal.
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