Policiais dialogam com comunidade e evitam usar força para cumprir mandado
Nesta sexta-feira (9), policiais militares do Centro de Gerenciamento de Crises voltaram ao Conjunto Residencial Popular Santa Maria, no Eustáquio Gomes, e continuaram o trabalho de desocupação pacífica das casas invadidas. Desta vez, o diálogo foi realizado porta a porta com os invasores que ainda resistem ao mandado de reintegração de posse expedido pela Justiça alagoana.
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Ascom Seinfra
De forma pacífica, policiais tentam convencer moradores a desocupar casas
?O nosso esforço é para evitar usar a força no cumprimento do mandado judicial. Vamos esgotar todas as possibilidades de diálogo, para que essa desocupação seja totalmente pacífica. Estão sendo disponibilizados, inclusive, ônibus e caminhões para o transporte das pessoas e de móveis. Estamos tendo êxito, pois metade das famílias já saiu das casas e as outras continuam saindo?, afirmou o capitão Jefferson dos Santos.
O secretário-adjunto de Estado da Infraestrutura, Leonardo Bitencourt, acompanhou o início das negociações nesta sexta-feira e destacou a necessidade da conscientização. ?Essas casas são destinadas a moradores de uma das regiões mais precárias de Maceió, a exemplo daqueles que moram às margens da Lagoa Mundaú, no Vergel do Lago. São pessoas que estão cadastradas pelo Estado desde 2007, à espera dessas habitações?, disse Bitencourt.
Reintegração de posse - O Conjunto Residencial Popular Santa Maria é composto por 821 unidades habitacionais e faz parte do Projeto de Urbanização da Orla Lagunar, executado pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra). O diálogo com os invasores ocorre desde o dia 25 de junho, data da invasão. Três dias depois, a juíza Maria Ester Fontan Cavalcanti Manso concedeu em caráter liminar ao Estado de Alagoas, a reintegração de posse imediata do conjunto residencial.
Atendendo ao pedido da comunidade, a Superintendência de Desenvolvimento Urbano da Seinfra realizou, no dia 7 de julho, o cadastramento das famílias invasoras. Segundo a assistente social Fátima Ferreira, muitas delas já estão inseridas em outros projetos habitacionais desenvolvidos pela secretaria.
?Há também pessoas da própria orla lagunar, que vão receber as casas quando elas estiverem concluídas, além de famílias cadastradas em outros projetos em andamento. Agora, vamos fazer um levantamento para saber quem ainda não está inserido e buscar fazer essa inserção em novos projetos. O importante é que os invasores voltem para seus lugares de origem e aguardem a entrega das habitações?, pontuou Fátima Ferreira.
Após a completa desocupação, a empresa responsável pela obra fará uma avaliação dos danos ocasionados pela invasão para seguir normalmente com as construções. A estimativa é que cerca de 400 casas sejam entregues em setembro de 2010.
Invasores começam a desocupar casas construídas pelo Estado
Assistência SocialAcássia Deliê - ASCOM-SEINFRA-AL 10/07/2010 - 08h 00min Agência Alagoas
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