Enchentes: Sesau confirma duas mortes por leptospirose em Alagoas

Saúde

Gazetaweb - Jobison Barros, com Ascom/ Sesau

Entre as vítimas, um homem de 29 anos e um jovem de 19; foram notificados mais 34 casos suspeitos da doença

Duas mortes por leptospirose já foram confirmadas em Alagoas. Entre as vítimas das enchentes, um homem de 29 anos, pertencente ao município de Capela, e o jovem Edjelisson Lopes da Silva, 19, residente em União dos Palmares. Este faleceu na noite do último domingo (04), no Hospital Geral do Estado (HGE), com suspeitas de leptospirose e dengue.

De acordo com informações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Edjelisson chegou ao Hospital Hélvio Auto às 20h do domingo e foi transferido, imediatamente, ao Hospital Geral do Estado (HGE), onde entrou em óbito às 20h40.

Um exame sorológico nas amostras biológicas colhidas da vítima pelo Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL) constatou a leptospirose. Na semana passada, oito pacientes foram internados com suspeitas da doença. Eles pertencem aos municípios de Marechal Deodoro, União dos Palmares, São José da Laje, Atalaia, Cajueiro e Messias.

A vítima que residia em Capela faleceu no dia 1º deste mês, após sofrer uma insuficiência renal.

Segundo o último Boletim Epidemiológico da Gerência de Agravos não Transmissíveis por Fatores Ambientais, da Sesau, foram notificados, no período de 21 de junho a 7 de julho, 34 casos suspeitos de leptospirose, sendo seis deles confirmados com dois óbitos.

Doença e sintomas

Caracterizada como uma doença febril aguda, causada por bactérias do gênero Leptospira, sua ocorrência é favorecida em locais onde ocorreram inundações e enchentes. O seu principal transmissor são os roedores, já que concentram a doença nos rins, eliminando-a no meio ambiente, contaminando água, solo e alimentos.

Os principais sintomas da doença são mialgias, febre, fortes dores de cabeça, dores musculares, quadro de icterícia, anorexia, náuseas e vômitos. Caso não seja tratada adequadamente, a doença pode evoluir para óbito.

?Para evitar a leptospirose é importante acondicionar adequadamente o lixo, além de desobstruir as galerias, para que a água das chuvas possa fluir livremente pela rede de esgotamento sanitário. A obstrução das bocas de lobo, por exemplo, pode provocar o alagamento do espaço público e até a inundação das casas propiciando a disseminação da doença?, ressaltou a diretora de Vigilância Epidemiológica, Cleide Moreira.

Ainda de acordo com ela, geralmente o contágio acontece nas beiras de córregos, galerias de esgoto e terrenos baldios. ?Os pais também devem ter cuidado com as crianças, que costumam brincar junto às poças d?água no período chuvoso. E os alimentos devem ser cuidadosamente acondicionados, para que não fiquem expostos e os roedores possam ter contato com eles?, recomendou a diretora.

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