Collor falha ao buscar apoios e terá apenas dois minutos no Guia Eleitoral

Cerca de duas semanas depois de Fernando Collor lançar sua candidatura ao governo do Estado, ele já amarga duas derrotas nos bastidores políticos que irão definir as chapas que concorrerão aos cargos de governador, senador, deputados estaduais e federais em outubro.

O ex-presidente contava com a chegada do PP de Benedito de Lyra, que viria com o prefeito Cicero Almeida de reboque e com a vinda do PMDB, que indicaria Joaquim Beltrão para ser seu vice e esvaziaria de vez a candidatura de Ronaldo Lessa, mas nada disto aconteceu.

O líder do PP Benedito de Lyra disse que qualquer informação sobre seu abandono a candidatura de Téo e sua ida para a base colorida tem que ser encarada como uma piada,e que definitivamente o PP estará com o governador Teotônio Vilela.

Em relação a Cicero Almeida a situação ficou ainda mais grave, já que mesmo sendo mais comedido o prefeito não deixa de lembrar o que ele classifica como ?traição? de Collor.

Já o PMDB do senador Renan Calheiros foi firme em sua postura de se manter com Ronaldo Lessa e o partido deixou claro que não existe nenhuma chance de Joaquim Beltrão ser vice na chapa de Collor.

Sabendo destas duas situações Fernando Collor partiu para o troco, em relação a Cicero Almeida e Benedito de Lyra liberou seus veículos de comunicação para fazerem matérias contrárias a prefeitura.

Já sobre Calheiros, os coloridos espalharam a notícia,alimentada pelo presidente do PTB Roberto Jefferson, de que o grupo busca dois candidatos ao Senado, e que um deles seria o do empresário João Lyra, com o objetivo de pressionar o senador.

Só que faltou combinar com João Lyra, que sequer estava em Maceió,por conta da revisão de uma cirurgia em São Paulo, quando Jefferson disse que ?veio para fazer o convite ao industrial?.

Sem o PP e o PMDB Collor sabe que terá apenas dois minutos no programa eleitoral, um tempo bem menor do que os de seus adversários, Lessa e Téo, e ainda sofre a pressão do Planalto que não desistiu de fazer com que ele desista de sua candidatura.