O tempo tem pernas
O tempo correu
O tempo não sentiu sono e não dormiu
quando o dia escureceu.
O tempo tem braços
O tempo nadou e, atravessando o rio,
toda a água evaporou.
O tempo tortura e é remédio também
Quando o tempo passa, ninguém o detém.
O tempo não tem boca
e não pode falar.
O tempo não tem boca
e não manda esperar.
O tempo anda lado a lado de todo ser vivo,
mas do lado do malvado, o tempo é perdido.
O tempo não retorna
Nem anda pra trás.
O tempo é amigo de quem vive na paz,
e a Lua determina os meses.
(*)Poeta santanense, Maria Mércia Ricardo Almeida, autora de Pássaros de Jardim.
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